Após ser detido na Itália, Tagliaferro é solto, mas tem passaporte apreendido Ex-assessor do TSE é alvo de pedidos de extradição e de prisão no Brasil Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília Ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Eduardo Tagliaferro foi liberado, nesta quarta-feira (1°), após ser detido por algumas horas na Delegacia Central Carabinieri, em Roma (Itália).
As informações são do advogado Fabio Pagnozzi, que atua na defesa de Tagliaferro na Itália.
Nesta manhã, Tagliaferro foi detido no local onde reside, na região autônoma do sul da Itália, Calábria, e levado até a delegacia.
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No local, segundo o advogado, os agentes fizeram algumas perguntas a ele, apreenderam seu passaporte e o proibiram de deixar a região onde mora.
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No momento da abordagem policial, os agentes teriam alegado que se tratava de uma ação de “rotina”.
Contudo, na delegacia, ele foi informado de que era em virtude de notificações feitas no Brasil.
🔍 Detalhes Importantes
Trata-se de um pedido de extradição, feito em agosto, e um pedido de prisão, feito em julho.
Ambos seriam de autoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Além da apreensão do passaporte, a polícia determinou as seguintes cautelares ao ex-assessor: – Obrigação de permanência no município de Torano Castello (CS); • Proibição de deixar o território sem autorização judicial; • Obrigação de comparecimento periódico ao Comando da Polícia Carabinieri, para informar residência e horários de saída/retorno; Conversas entre Tagliaferro e um jornalista brasileiro, em 2014, teriam embasado os pedidos de extradição e prisão, além do suposto vazamento de documentos sigilosos.
🌍 Contexto e Relevância
A proibição de deixar Torano Castello seria em virtude da tramitação do pedido de extradição, que precisa ser concluído.
Quem é Tagliaferro
Tagliaferro foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no período em que Moraes comandou a corte eleitoral.
Ele é investigado pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes.
Segundo ele, o ministro teria adulterado documentos para justificar operações da Polícia Federal.
A oposição chama a divulgação das mensagens de “Lava Toga” e tenta anular o processo sobre a tentativa de golpe usando tais informações.
Tagliaferro foi exonerado do posto de trabalho e mudou-se para a Itália.
Moraes pediu a extradição do ex-assessor ao Ministério da Justiça e Segurança Pública em agosto.
Veja as acusações de Tagliaferro contra Moraes
Tagliaferro acusa o ministro do STF de adulterar documentos para justificar operações da Polícia Federal.
Durante uma sessão do Senado, o ex-assessor apresentou documentos que, segundo sua versão, comprovariam irregularidades.
Ele citou especificamente uma petição com data supostamente manipulada.
O perito relatou que foi orientado a elaborar um documento após a realização de uma ação policial, mas a data teria sido retroativamente alterada para dar a impressão de que o material técnico havia sido produzido antes, servindo assim de respaldo jurídico para a operação.
📊 Informação Complementar
Metadados apresentados por Tagliaferro mostram que o documento teria sido criado no dia 28 de agosto de 2022, às 10h33.
O texto foi incluído no processo de investigação com outra data: 22 de agosto.
Em nota divulgada por sua assessoria, o ministro disse que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular.
Além disso, o ministro afirma que a assessoria do TSE foi acionada para recolher dados e que estes foram repassados às autoridades competentes.
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Fonte: r7
01/10/2025 18:09