A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), da Câmara Municipal de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência contra o cantor Oruam nesta quinta-feira (23), após receber ameaças de fãs do artista nas redes sociais.
O caso começou depois que Amanda apresentou uma proposta de lei para proibir shows com apologia ao crime destinados a crianças e adolescentes na capital paulista. Ela afirmou que Oruam teria incentivado seus seguidores a enviarem mensagens agressivas diretamente para ela. Embora o cantor não seja mencionado no projeto de lei, sua equipe usou o nome de Oruam para divulgar a proposta nas redes sociais, onde a vereadora a chamou de “Anti-Oruam”.
Amanda acusou Oruam de “normalizar o crime organizado”, alegando que suas músicas influenciaram rappers e funkeiros a produzir letras exaltando criminosos e líderes de facções. A parlamentar ainda lembrou que o rapper é filho de Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho, preso em 2009.
O cantor reagiu no Instagram, afirmando que a vereadora queria “cinco minutinhos de fama”. Ele publicou oito stories direcionados a Amanda, incluindo um em que dizia que não iria parar de cantar “o que vive”, mesmo que proibido, e outro em que pedia aos seus seguidores que enviassem mensagens para a vereadora.
As declarações de Oruam foram registradas como “calúnia, difamação e incitação ao crime” no boletim de ocorrência. A vereadora também apresentou prints das ameaças que recebeu após os apelos do cantor. “Posteriormente, ele convocou seus seguidores para que fossem às redes sociais da vítima praticar ameaças, difamações e injúrias”, descreve o boletim. O cantor também gravou vídeos chamando Amanda de “doente mental” e “idiota”, pedindo à “tropa do 22”, como se refere a seus fãs, que “lotassem a DM” da vereadora.
Tentamos contato com a Mainstreet Records, a empresa responsável pela carreira de Oruam, e com sua assessoria.