O ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo em 2013 na Itália, pediu à Justiça uma redução de 50 dias em sua pena de 9 anos de prisão, após concluir o curso profissionalizante de “Eletrônica Básica, Rádio e TV”. O curso, com 600 horas de carga, foi realizado na modalidade a distância (EAD) enquanto Robinho está preso na Penitenciária 2 de Tremembé desde março do ano passado, cumprindo pena em regime fechado. Durante o curso, ele aprendeu, entre outras atividades, a instalar diversas antenas em um único mastro.
O pedido de redução da pena foi formalizado na terça-feira (28), com base na Lei de Execuções Penais. O advogado de defesa de Robinho argumenta que o curso foi realizado entre abril e setembro de 2024, período em que o ex-jogador se dedicou à qualificação profissional. O Ministério Público, por sua vez, solicitou que a direção do presídio informe se houve fiscalização sobre o tempo dedicado por Robinho ao curso antes de se posicionar sobre o pedido de redução. Até o momento, não há uma decisão da Justiça.
Cursos e atividades como trabalho são métodos comuns usados por presos para diminuir o tempo de pena, como ocorreu nos casos de Alexandre Nardoni e Suzane Richthofen. O g1 apurou que Robinho está inscrito e aguarda uma vaga na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental (Funap), que oferece emprego para presos. Enquanto espera, ele se dedicou ao curso de “Eletrônica Básica, Rádio e TV”, oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB). De acordo com o site do IUB, o curso custa R$ 674,90 e é voltado para quem deseja aprender sobre circuitos eletrônicos, desde os básicos até os sistemas mais avançados.
Robinho completou o curso, realizando um questionário de avaliação que lhe conferiu o diploma. Pelo programa de remição de pena previsto pela lei federal, a cada 12 horas de curso, o preso pode reduzir um dia de sua pena. O cálculo para remição deve ser protocolado pela defesa e autorizado pela Justiça.
Além dos estudos, Robinho também ocupa seu tempo jogando futebol durante o banho de sol na prisão. Ele está em um pavilhão da P2 de Tremembé reservado para presos condenados por crimes de grande repercussão no país. O ex-jogador tem uma boa convivência com os outros detentos e é descrito como tendo bom comportamento na unidade.
Robinho é evangélico e recebeu uma bíblia de sua esposa durante uma visita à prisão. Ele foi condenado em última instância em 2022 pela Justiça italiana pelo crime de estupro coletivo, cometido em 2013 em uma boate em Milão, quando ele ainda era jogador do Milan. Atualmente, ele cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.