Uma reunião marcada para esta quarta-feira, 30, com o vice-presidente Geraldo Alckmin gerou um racha entre governadores de direita, que disputam o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro, e ampliou a guerra política em torno do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.
Nos bastidores, há uma avaliação de que o encontro com Alckmin terá peso simbólico a favor do governo, que já vem colhendo bons frutos políticos da ofensiva de Trump, com recuperação da popularidade, enquanto o bolsonarismo sofreu abalo no discurso nacionalista.
Uma foto do vice de Lula cercado de governadores da oposição passará a imagem de que o Palácio do Planalto conseguiu reunir uma frente ampla para resolver o problema.
💥 Impacto e Consequências
O convite para Alckmin participar da reunião do Fórum de Governadores partiu de Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, mas o encontro ocorrerá no Planalto, território hostil para a direita.
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que articula uma indicação de Bolsonaro ao Senado em 2026, decidiu não comparecer.
Por outro lado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), pré-candidato à Presidência, estará presente, segundo confirmou sua assessoria à Coluna do Estadão.
🧠 Análise da Situação
O caso mais delicado é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), preferido do Centrão para substituir Bolsonaro na corrida pelo Planalto.
Procurado por meio de sua assessoria, ainda não se manifestou.
Ao se movimentar para negociar o fim do tarifaço, Tarcísio foi alvo de críticas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA e defende as tarifas de Trump como forma de pressionar para que seu pai não seja condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela trama golpista de 2022.
Fonte: estadao
29/07/2025 18:35