Refinaria maior devedora de impostos de SP é alvo de megaoperação.
Veja vídeo Operação cumpre 190 mandados de busca e apreensão contra pessoas ligadas ao Grupo Refit, apontado como o maior devedor de ICMS de São Paulo atualizado Compartilhar notícia Uma empresa do setor de combustíveis é alvo de uma operação realizada por uma força-tarefa na manhã desta quinta-feira (27/11).
O esquema investigado teria causado prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres estaduais e federal.
💥 Como metropoles Afeta o Cotidiano
São cumpridos 190 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, na Bahia, no Maranhão e no Distrito Federal.
Os alvos da operação são ligados ao Grupo Refit, dono da Refinaria Manguinhos, no Rio de Janeiro, e de outras empresas do setor de combustíveis.
O grupo comandado pelo empresário Ricardo Magro é apontado como o maior devedor de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) de São Paulo.
🧠 Especialistas Analisam metropoles
Como funcionava o esquema de fraudes diversas Por meio de complexas operações financeiras, o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimento e offshores – incluindo uma exportadora fora do Brasil – para ocultar e blindar lucros.
Suas operações financeiras são administradas pelo próprio grupo, que controla empresas financeiras e utiliza estruturas internacionais para blindagem patrimonial.
Segundo as investigações, importadoras atuavam como interpostas pessoas, adquirindo do exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos provenientes de formuladoras e distribuidoras vinculadas ao grupo.
🔄 Atualizações Recentes
Apenas entre 2020 e 2025, foram importados mais de R$ 32 bilhões em combustíveis pelos investigados.
Os valores transacionados eram concentrados em empresas financeiras controladas pelo próprio grupo.
A Receita Federal identificou que uma grande operadora financeira atuava como sócia de outras instituições que também prestavam serviços ao grupo.
Esse núcleo movimentou mais de R$ 72 bilhões entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025.
O esquema envolvia uma empresa financeira “mãe” controlando diversas “filhas”, criando operações complexas que dificultavam a identificação dos verdadeiros beneficiários.
Grupo alterou estrutura após Carbono Oculto Assim como revelou a Operação Carbono Oculto, realizada em agosto de 2025, foram exploradas brechas regulatórias, como as “contas-bolsão”, que impedem o rastreamento do fluxo dos recursos.
A principal financeira tinha 47 contas bancárias em seu nome, vinculadas contabilmente às empresas do grupo.
Após a paralisação das distribuidoras ligadas à Carbono Oculto, o grupo alvo da Operação Poço de Lobato alterou totalmente sua estrutura financeira, substituindo o modelo usado desde 2018 por outro com novos operadores e empresas.
Esses operadores, antes responsáveis por movimentações de cerca de R$ 500 milhões, passaram a movimentar mais de R$ 72 bilhões após 2024.
Prejuízo bilionário aos cofres públicos
A Justiça autorizou o cumprimento de medidas cautelares em ações judiciais cíveis que bloquearam mais de R$ 10,2 bilhões em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário.
As pessoas e empresas citadas na investigação são suspeitas de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro.
O Metrópoles solicitou um posicionamento do Grupo Refit a respeito da operação da manhã desta quinta e não obteve retorno.
O espaço segue aberto para atualizações.
Fonte: metropoles
27/11/2025 09:44











