Qual a forma mais rápida de se livrar de um vizinho incômodo no condomínio Levar a discussão para a justiça pode ser desgastante e demorado O escritor Luís Fernando Veríssimo, que morreu no último dia 30, registrou em suas crônicas diversas situações ocorridas nos condomínios.
Um lugar perfeito para ser o berço das suas histórias da vida cotidiana, já que os edifícios são uma micro sociedade com habitantes bem diferentes entre si que precisam conviver e seguir normas.
Em um desses seus textos, intitulado “inquilinos”, o autor utiliza de uma analogia de um prédio bem administrado com o funcionamento do planeta, onde o síndico não é percebido porque ele atua de modo eficiente, mas que as pessoas que nele moram são responsáveis pela sua manutenção, quando preservam o que têm.
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No final, a crônica deixa claro que deveríamos ter a mentalidade de inquilinos que são obrigados a entregar o apartamento como receberam, numa mensagem de cuidado da Terra, que aqui habitamos provisoriamente:“Precisamos de uma mentalidade de locadores.
E do terror da indenização”.
A convivência entre vizinhos pode ser uma fonte de harmonia ou de conflitos que, quando não bem administrados, se transformam em grandes dores de cabeça.
💥 Impacto e Consequências
Problemas relacionados a barulho, uso de áreas comuns, infiltrações, animais de estimação e até mesmo disputas por vagas de garagem estão entre os mais frequentes.
Não é coincidência que a imprensa constantemente publica notícias de brigas e de violência entre moradores, como recentemente aconteceu no bairro do Campo Belo, na capital paulista, quando um médico legista sacou sua arma durante uma reunião de condomínio — justamente o espaço criado para facilitar acordos e resoluções de problemas entre os moradores.
Teoricamente, o diálogo direto é o caminho mais rápido.
🧠 Análise da Situação
Muitas vezes, uma conversa franca e respeitosa consegue solucionar o problema sem necessidade de maiores formalidades.
Explicar o incômodo, ouvir o outro lado e propor uma saída equilibrada costuma ser a maneira mais rápida e menos desgastante de resolver a questão.
Ocorre que, muitas vezes, uma boa conversa não resolve nada.
Nesses casos, a opção mais rápida é a mediação.
Vários municípios contam com câmaras de mediação comunitária, nas quais um terceiro imparcial ajuda as partes a chegarem a um acordo.
Esse método é menos burocrático e muito mais célere do que levar a discussão para a esfera judicial.
Também é comum que os próprios condomínios estabeleçam procedimentos internos, por meio do síndico ou da administradora.
Advertências e notificações formais podem servir de alerta e, muitas vezes, têm efeito imediato para encerrar o conflito, especialmente quando o vizinho não percebe a dimensão do incômodo que causa.
Se nada disso funcionar, é possível buscar órgãos públicos como o Procon, em situações de consumo que envolvam prestação de serviços, ou mesmo a Polícia Militar, quando há perturbação do sossego.
Ainda assim, essas medidas costumam ser mais rápidas do que uma ação judicial, que deve ser considerada apenas em último caso, já que pode se arrastar por meses ou anos.
Em síntese, as formas mais rápidas de resolver problemas entre vizinhos passam pelo diálogo direto, pela mediação e pela atuação do síndico.
São alternativas que economizam tempo, dinheiro e preservam a boa convivência, evitando que pequenos atritos comprometam a vida em comunidade.
Fonte: veja
02/09/2025 17:45