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Por que executivos na faixa dos 60 anos estão ganhando espaço nas contratações das empresas

24 de outubro de 2025
in Brasil, ECONOMIA
Home Brasil
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Dez anos atrás, um profissional com 55 a 60 anos de idade enfrentava grandes restrições por parte das empresas para se candidatar a altos cargos executivos, como presidente, vice-presidente ou diretor.

O lugar mais provável a ser ocupado pelo veterano no organograma das empresas era um assento no conselho de administração.

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Mas a perspectiva de as pessoas viverem por mais tempo e com saúde e com os “velhos” desafios da conjuntura vindo à tona, como juros altos e inflação persistente, por exemplo, impondo dificuldades às empresas, esse quadro começa a mudar.

Nos últimos tempos, as companhias estão mais abertas à candidatura de profissionais experientes e com mais idade para ocupar posições executivas no alto escalão.

Segundo Renata Filippi, headhunter e sócia da Soul HR Consulting, 50% das companhias que demandavam profissionais para altos cargos executivos na consultoria em 2015 colocavam restrições a candidatos que tivessem entre 55 e 60 anos.

Agora, essa fatia caiu para 30%.

No momento, 60% dos processos seletivos para cargos de altos executivos conduzidos pela headhunter têm candidatos com mais de 55 anos.

🧠 Análise da Situação

“Eu não preciso mais me preocupar, porque os meus clientes não se importam mais, (a idade) não é mais critério de seleção”, diz Renata.

Diante do aumento da longevidade, a vantagem para os profissionais seniores que ainda têm disposição para assumir cargos de alto escalão é manter-se ativo por mais tempo com rendimentos e executando projetos nos quais acreditam.

Um exemplo icônico dessa mudança de pensamento veio de fora.

Em outubro de 2024, a Nike recontratou Elliott Hill, de 60 anos, como CEO.

Ele também foi dirigir o Conselho de Administração e participar do Comitê Executivo.

O ex-executivo estava aposentado havia quatro anos, depois de trabalhar por mais de 32 anos na Nike, ocupando cargos de liderança sênior na Europa e América do Norte.

No ano passado, quando voltou para a empresa, Hill disse que a Nike estava em um momento difícil e que já tinha passado por isso antes.

“Faremos o que fizemos antes para vencer: voltar a focar no consumidor”, afirmou o executivo, em entrevista dada a uma publicação interna da empresa.

A afirmação é uma indicação de que, pela experiência acumulada, ele sabe o que fazer para que a Nike supere os “velhos” desafios.

Incertezas Humberto Wahrhatfig, diretor-executivo da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada no recrutamento de executivos para cargos de direção (conhecidos como C-Level), observa que as grandes incertezas enfrentadas pelas companhias no Brasil aumentaram a procura por profissionais mais experientes para ocupar altos cargos executivos.

“Há um cenário mais favorável para quem tem mais experiência”, diz o especialista.

A avaliação dele é que não havia antes exatamente uma restrição das empresas à contratação de executivos mais velhos.

Mas o que vem ocorrendo nos últimos tempos é que cresceu a procura por executivos que já passaram por situações desafiadoras.

“Eu não faria um paralelo (dessa maior demanda) com a idade, mas indiretamente está ligado a ela também.” Entre os fatores que contribuem para aumento das incertezas, Wahrhatfig aponta os juros altos, a inflação pressionada, o tarifaço de Donald Trump e as guerras em curso no mundo.

De maneira geral, diz Wahrhatfig, a maioria das empresas está se estruturando para continuar relevante em seu mercado, muito mais do que crescer a qualquer custo.

E, nesse ponto, profissionais experientes ganham relevância.

Faz dez meses que o espanhol Jose Luiz Gontad, de 69 anos, por exemplo, foi contratado pela fabricante de autopeças Licav para ser o responsável pela fábrica de Limeira, no interior do Estado de São Paulo.

Nos últimos 15 anos de uma carreira de 37 anos no setor automobilístico, ele foi diretor industrial da fabricante de autopeças Itaesbra, empresa da qual saiu em outubro de 2024 por conta de uma reestruturação.

No mês seguinte, viajou à Espanha para visitar os parentes que vivem na região da Galícia.

De volta ao Brasil, recebeu três propostas para cargos executivos e fechou com a Licav.

Com os filhos já criados e até netos, mudou-se de São Paulo para Limeira para assumir uma das plantas da companhia.

A fábrica tem 185 funcionários, dos quais alguns veteranos como ele.

“Foi até uma surpresa, a empresa valoriza muito profissionais com uma experiência maior, com energia positiva e vontade de inovar.”
Gontad faz ginástica e também sessões de análise.

“O grande diferencial da minha geração é o cuidado que temos com a saúde”, diz o executivo, lembrando que nem sempre foi assim – antigamente, as pessoas que tinham sua idade eram mais sedentárias.

O executivo reconhece que esses cuidados lhe dão energia e disposição para trabalhar.

Apesar de estar há quase 20 anos aposentado no papel, ele continuou trabalhando e não tem planos de parar.

“As pessoas de outras gerações paravam muito cedo, iam jogar dominó, pescar e quando você perguntava por eles, tinham morrido.” No novo emprego, a meta de Gontad é transformar a atual empresa em uma fornecedora direta de componentes para as montadoras, o mesmo status que a indústria que ele trabalhava anteriormente alcançou.

Hoje a companhia fornece autopeças para os sistemistas que, por sua vez, vendem os módulos para as montadoras.

Leia também
“O pulo do gato para atingir essa meta é ter paciência”, diz o executivo.

É que as montadoras já têm os fornecedores tradicionais.

Então, é preciso esperar aparecer um novo projeto de veículo, candidatar-se, submeter-se à auditoria, ter a qualidade exigida e preços competitivos.

Gontad acredita que essa experiência entre outras que ele acumulou ao longo da vida profissional foram o sinal verde para sua contratação na nova empresa.

Pé de meia Se, por um lado, as empresas, ao admitir veteranos, se beneficiam da experiência acumulada por esses profissionais e da paixão que nutrem pelos projetos, elas também acabam tendo mais flexibilidade para negociar a remuneração.

Renata, da Soul HR Consulting, observa que executivos de nível de diretoria com quase 60 anos de idade geralmente já fizeram o seu pé de meia, têm uma situação financeira estável e não estão na fase de ascensão na carreira.

“Às vezes, eles têm mais flexibilidade para ocupar uma outra cadeira e ganhar um pouco menos”, diz a headhunter.

Ela pondera que esses profissionais não aceitam uma remuneração muito diferente do que receberiam, em média, no mercado.

“Eles se desvalorizariam e são pessoas capacitadas”, argumenta.

No entanto, a headhunter diz que pode haver alguma diferença a menor na remuneração e que poderia chegar a 15%, calcula.

Wahrhatfig admite que esses profissionais são “ligeiramente” mais flexíveis, mas não querem depreciar a carreira que construíram.

Outro ponto de flexibilidade é que muitos executivos veteranos são menos preocupados, comparado aos mais jovens, com a remuneração de longo prazo oferecida pela empresa.

📊 Informação Complementar

Remuneração de longo prazo é a participação acionária oferecida, no caso de companhias com capital aberto.

Também os mais velhos preferem ser contratados como Pessoa Jurídica (PJ), o que reduz para as empresas os encargos em relação ao regime de admissão de acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Quanto ao perfil das empresas que mais absorvem esses profissionais, Renata destaca as companhias nacionais e familiares.

Normalmente, são empresas nas quais é forte presença do dono, que aprecia muito uma pessoa experiente e que não esteja mais buscando carreira.

Já as grandes multinacionais geralmente são menos receptivas aos veteranos.

Isso porque o departamento Recursos Humanos (RH) dessas companhias na maioria das vezes forma profissionais mais jovens para ocupar altos cargos executivos, quando os titulares se aposentam.

Quanto aos setores, logística, infraestrutura e indústria pesada são os mais receptivos a contratar profissionais com mais de 55 anos de idade para cargos de alta direção.

Já segmentos mais agressivos, como varejo de bens de consumo de massa e mercado financeiro, por exemplo, preferem executivos mais jovens para o alto escalão.


Fonte: estadao

24/10/2025 19:36

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