Pensa Povo
quarta-feira, setembro 10, 2025
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
Pensa Povo

Pix: a estatal invisível

10 de setembro de 2025
in Brasil, ECONOMIA, TECNOLOGIA
Home Brasil
0
SHARES
Share on FacebookShare on Twitter

Pix: a estatal invisível O BC concorre com o setor privado sendo ao mesmo tempo regulador, operador e árbitro, de um negócio que movimentou R$ 27 tri em 2024 Nesta semana (iniciada em 7 de setembro), em reportagem no jornal inglês Financial Times, li sobre como a Índia está expandindo o uso de sua infraestrutura digital de pagamentos, o UPI, que em 2023 registrou mais de 120 bilhões de transações e movimentou cerca de US$ 2,2 trilhões.

O governo indiano agora pretende usar essa rede para alavancar o crédito de consumo.

RELATED POSTS

O primeiro julgamento sobre golpe para educar o Brasil

Otto Alencar rejeita anistia ampla e defende revisão de penas do 8 de Janeiro

O movimento chama a atenção não apenas pela escala da transformação, mas pelo risco que carrega: quando o Estado cria e opera uma infraestrutura tecnológica dominante, reduz o espaço da inovação privada e amplia sua presença em áreas onde deveria atuar apenas como regulador.

Esse dilema não é exclusivo da Índia.

O Brasil vive hoje situação semelhante, e em escala ainda maior, com o Pix.

🔄 Atualizações Recentes

O Pix tornou-se a espinha dorsal do dinheiro digital brasileiro.

Em 2024 foram 63,5 bilhões de transações, movimentando mais de R$ 27 trilhões.

É a maior rede de pagamentos instantâneos do mundo, crescendo a taxas de dois dígitos ao ano.

Se fosse companhia aberta e cobrasse apenas um centavo por transação, teria faturado R$ 427 milhões.

Com dez centavos, passaria de R$ 4 bilhões.

Em um modelo misto de tarifas baixas e serviços de crédito, como o Pix Parcelado, a receita poderia chegar a dezenas de bilhões anuais.

Pelas métricas de mercado, isso equivaleria a um valor entre R$ 80 bilhões e 140 bilhões já na próxima década, comparável aos do Banco do Brasil ou da XP, e em cenários mais ambiciosos poderia rivalizar com Itaú, Nubank e até Petrobras.

A dimensão alcançada expõe uma contradição institucional.

O Banco Central é regulador, operador e árbitro ao mesmo tempo.

Define regras de entrada, supervisiona riscos, exige dados confidenciais de todas as instituições financeiras e, simultaneamente, concorre com elas no serviço mais básico do sistema: transferir e liquidar pagamentos.

Nenhuma empresa privada consegue competir em igualdade quando o árbitro é também o dono do campo.

O risco não se limita à concorrência.

O regulador que tem acesso legal a dados estratégicos de bancos, fintechs e bandeiras pode utilizá-los para fortalecer seu próprio negócio, ampliando o monopólio.

A defesa oficial é de que o Pix é gratuito para pessoas físicas.

Mas nada é gratuito.

O custo existe, recai sobre os bancos obrigados a se integrar ao sistema e, em última instância, sobre todos nós.

Essa ilusão corrói o princípio da precificação correta e da responsabilidade fiscal.

Estamos, na prática, estatizando uma das atividades mais lucrativas do setor financeiro sem transparência, sem lei específica e sem prestação de contas ao mercado.

Outros setores oferecem contraste.

Em energia, petróleo e rodovias, há separação entre política pública, regulação e operação.

Existem agências independentes, regras tarifárias claras e companhias listadas em bolsa, sujeitas a conselhos e acionistas.

No Pix, tudo está dentro do Banco Central.

É poder tecnocrático concentrado, eficiente no curto prazo, mas arriscado no longo.

A saída não é desmontar o Pix, mas profissionalizá-lo.

O caminho é transformá-lo em companhia independente, com golden share da União, governança de mercado, transparência de custos e listagem em bolsa.

Com tarifas baixas por transação e cobrança por serviços adicionais, manteria a inclusão e a eficiência, mas deixaria de ser um monopólio opaco nas mãos do regulador.

O Banco Central voltaria à sua função natural de supervisionar, e não de operar.

Reconhecer o mérito não impede de corrigir a arquitetura.

O Pix é uma obra de engenharia institucional admirável, um caso de sucesso global, mas precisa ser submetido a freios e contrapesos.

📊 Informação Complementar

O Brasil pode dar um passo adiante no liberalismo prático: o Estado não precisa ser empresário nem CEO, mas sim acionista exigente que cobra resultados e distribui dividendos à população.

O Pix mostrou que sabemos construir plataformas digitais de classe mundial.

Agora precisamos da etapa adulta, separar o regulador do operador, impor governança de mercado e devolver ao cidadão o benefício de um serviço eficiente, transparente e rentável.

O que o Brasil não pode é transformar mais uma conquista tecnológica em uma estatal suscetível a pressões políticas, ao risco de captura e à repetição dos vícios que tantas vezes corroeram empresas públicas no passado.

*Gustavo Diniz Junqueira foi secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, presidente da Sociedade Rural Brasileira e é empresário do agronegócio


Fonte: veja

10/09/2025 17:58

ShareTweet

Related Posts

O primeiro julgamento sobre golpe para educar o Brasil

by Iago
10 de setembro de 2025

O primeiro dia do julgamento que entra para a história do Supremo Tribunal Federal deixou claro por que este é...

Otto Alencar rejeita anistia ampla e defende revisão de penas do 8 de Janeiro

by Iago
10 de setembro de 2025

Otto Alencar rejeita anistia ampla e defende revisão de penas do 8/1 Presidente da CCJ do Senado diz que não...

STF forma maioria para condenar Mauro Cid por abolição do Estado

by Iago
10 de setembro de 2025

STF forma maioria para condenar Mauro Cid por abolição do Estado Ministro Luiz Fux votou para condenar tenente-coronel por crime...

O enrosco que enfeia e ameaça as cidades brasileiras

by Iago
10 de setembro de 2025

A gente circula pelas cidades e já se acostumou com uma das coisas mais horríveis que o país não consegue...

Por que o voto de Alexandre de Moraes entra para a história

by Iago
10 de setembro de 2025

“O que ocorreu em 8 de janeiro de 2023 não foi combustão espontânea”, afirmou Alexandre de Moraes em seu voto...

Next Post

Otto Alencar rejeita anistia ampla e defende revisão de penas do 8 de Janeiro

O primeiro julgamento sobre golpe para educar o Brasil

TRENDING

Brasil

O primeiro julgamento sobre golpe para educar o Brasil

10 de setembro de 2025
POLÍTICA

Otto Alencar rejeita anistia ampla e defende revisão de penas do 8 de Janeiro

10 de setembro de 2025
Brasil

Pix: a estatal invisível

10 de setembro de 2025
Novelas

Filhos de Bolsonaro pedem anulação de julgamento após falas de Fux

10 de setembro de 2025
POLÍTICA

STF forma maioria para condenar Mauro Cid por abolição do Estado

10 de setembro de 2025
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
No Result
View All Result
  • Inicio
  • POLÍTICA
  • MUNDO
  • TECNOLOGIA
  • SAÚDE
  • ECONOMIA
  • ENTRETENIMENTO
  • SEGURANÇA
  • JUSTIÇA
  • Carnaval
  • VIDA E ESTILO

© 2024 Pensa Povo.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você está dando consentimento para o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.