PGR, responsável por acusação de Bolsonaro, começa manifestação no STF Paulo Gonet dá início a manifestação no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no STF Compartilhar notícia O procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável pela acusação na trama golpista, deu início, na manhã desta terça-feira (2/9), a sua manifestação no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nas alegações finais, Gonet defendeu a condenação de todos os réus do núcleo 1 da trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O procurador-geral terá até duas horas para sua manifestação, após a leitura do relatório do caso feita pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
Encerrado o prazo da PGR, os advogados das defesas apresentarão as sustentações orais, cada um com até uma hora.
💥 Impacto e Consequências
Como o réu Mauro Cid firmou acordo de colaboração premiada, a defesa dele fará a sustentação primeiro, seguida das demais, em ordem alfabética.
Acompanhe aqui: Crimes imputados contra Bolsonaro e demais réus: – Organização criminosa armada; – Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; – Golpe de Estado; – Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima (com exceção de Ramagem); – Deterioração de patrimônio tombado (com exceção de Ramagem).
– Os crimes atribuídos a Alexandre Ramagem — deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado — foram suspensos por terem ocorrido após a diplomação, atendendo parcialmente ao pedido da Câmara dos Deputados.
Confira os réus do núcleo crucial
– Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin, ele é acusado pela PGR de atuar na disseminação de notícias falsas sobre fraude nas eleições.
📌 Pontos Principais
– Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha, ele teria apoiado a tentativa de golpe em reunião com comandantes das Forças Armadas, na qual o então ministro da Defesa apresentou minuta de decreto golpista.
Segundo a PGR, o almirante teria colocado tropas da Marinha à disposição.
– Anderson Torres: ex-ministro da Justiça, ele é acusado de assessorar juridicamente Bolsonaro na execução do plano golpista.
Um dos principais indícios é a minuta do golpe encontrada na casa de Torres, em janeiro de 2023.
– Augusto Heleno: ex-ministro do GSI, o general participou de uma live que, segundo a denúncia, propagava notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
A PF também localizou uma agenda com anotações sobre o planejamento para descredibilizar as urnas eletrônicas.
– Jair Bolsonaro: ex-presidente da República, ele é apontado como líder da trama golpista.
A PGR sustenta que Bolsonaro comandou o plano para se manter no poder após ser derrotado nas eleições e, por isso, responde à qualificadora de liderar o grupo.
– Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso.
Segundo a PGR, ele participou de reuniões sobre o golpe e trocou mensagens com conteúdo relacionado ao planejamento da ação.
– Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa, ele teria apresentado aos comandantes militares decreto de estado de defesa, redigido por Bolsonaro.
O texto previa a criação de “Comissão de Regularidade Eleitoral” e buscava anular o resultado das eleições.
– Walter Souza Braga Netto: é o único réu preso entre os oito acusados do núcleo central.
Ex-ministro e general da reserva, foi detido em dezembro do ano passado por suspeita de obstruir as investigações.
📊 Informação Complementar
Segundo a delação de Cid, Braga Netto teria entregado dinheiro em uma sacola de vinho para financiar acampamentos e ações que incluíam um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes.
As defesas dos réus do chamado núcleo crucial da trama golpista denunciada pela PGR ao STF apresentaram, em 13 de agosto, as alegações finais.
A linha comum seguida pelos advogados dos oito réus foi frisar a falta de provas da acusação para ligar os respectivos clientes à participação no planejamento de um possível golpe de Estado.
O processo vai para julgamento da Primeira Turma, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino.
Eles podem decidir se os oito acusados pela PGR serão condenados ou absolvidos.
É possível, ainda, que algum ministro peça vista, o que representaria mais tempo para análise, com prazo de retorno para julgamento em 90 dias.
Fonte: metropoles
02/09/2025 10:59