Pela primeira vez, mulheres usam mais ChatGPT que os homens Além da virada de gênero, novo estudo que analisou 1 milhão de conversas revela dados surpreendentes sobre o modelo da OpenAI Quando o ChatGPT surgiu, no hoje longínquo novembro de 2022, homens representavam a maioria entre os usuários.
Para ser mais preciso, nos três primeiros meses, éramos 80%.
Essa discrepância mudou com o tempo (ainda bem!) e o jogo acaba de virar: pela primeira vez, há mais mulheres usando o modelo da OpenAI: 52% do total, em julho de 2025.
🔍 Detalhes Importantes
Esse e outros dados interessantes sobre a plataforma estão num levantamento inédito que acaba de ser divulgado, tocado pelo National Bureau of Economic Research (NBER), em parceria com pesquisadores de Harvard, Duke e a própria OpenAI.
Olha só:
– O ChatGPT conta hoje com 700 milhões de usuários semanais — ou seja, cerca de 10% da população adulta global.
– Quase metade das mensagens vem de jovens com menos de 26 anos.
📌 Pontos Principais
– O crescimento é mais acelerado em países de renda média e baixa.
– Mais de 70% das mensagens enviadas ao ChatGPT já são não relacionadas ao trabalho, e esse percentual está crescendo rapidamente.
Isso desafia a ideia de que o chatbot seria uma tecnologia restrita ao ambiente corporativo.
💥 Como veja Afeta o Cotidiano
Notícia surpreendente: menos terceirização da escrita Quase 80% das conversas com o ChatGPT são focadas em três grandes temas: orientação prática (tutoria, conselhos personalizados, ideação criativa); busca de Informação (substituindo mecanismos de pesquisa clássicos) e redação e edição de texto (produção automatizada e aprimoramento de conteúdo escrito).
O que é mais curioso aqui: apenas um terço dos pedidos foi por textos originais.
A maioria pede que a IA trabalhe material previamente criado pelo usuário, o que mostra uma perspectiva diferente do senso comum até então.
Mais uso prático, menos emoção
Muita gente afirma usar o ChatGPT para fins terapêuticos, prática que já abordei aqui alertando que é uma péssima ideia.
Porém, o estudo do NBER vai na contramão do que levantamentos anteriores apontavam.
Segundo a pesquisa, apenas 1,9% das conversas tratavam de relacionamentos ou temas emocionais.
Um estudo da Harvard Business Review publicado em abril dizia justamente o contrário, discrepância que pode ser explicada com base nas diferenças de metodologia.
Enquanto a da HBR tinha caráter qualitativo, os dados divulgados hoje são de natureza quantitativa.
Como foi feito o estudo
O estudo analisou mais de 1 milhão de conversas usando uma metodologia de classificação automatizada que preserva a privacidade: os conteúdos foram processados por algoritmos de forma agregada, sem leitura humana.
Essa abordagem permitiu mapear hábitos de uso em escala global, inclusive por idade, nível de escolaridade e país.
Fonte: veja
16/09/2025 11:34











