Uma reunião restrita da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu um índice de 7% para o reajuste dos planos de saúde individuais este ano. Fontes próximas à negociação revelaram que o percentual foi aprovado na segunda-feira (13) durante uma reunião da diretoria colegiada da ANS.
Conforme informações, o índice será encaminhado ao Ministério da Fazenda, que terá um prazo de 15 dias para avaliação e aprovação pelo órgão regulador. Somente após esse processo, o índice será aplicado aos contratos, valendo de maio deste ano até abril de 2025. Esta seria a segunda menor taxa em uma década, ficando atrás apenas de uma taxa negativa aplicada em 2021, de 8,19%, em decorrência da pandemia de COVID-19.
O método de reajuste para os planos individuais reflete a variação dos custos médico-hospitalares ao longo de 12 meses, compreendendo o período entre 31 de dezembro de 2022 e 2023. Segundo as operadoras, o custo aumentou consideravelmente mais do que o reajuste previsto, entretanto, especialistas contestam essa alegação, apontando a falta de evidências. Ana Carolina Navarrete, coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde Suplementar no Conselho Nacional de Saúde (CNS), expressa sua opinião de que a nova metodologia de reajuste dos planos individuais representa um risco para as empresas desse setor, pois evidencia que o aumento que desejam aplicar aos seus contratos “está muito distante da realidade dos custos”.
Embora os planos individuais representem menos de 18% dos 51 milhões de planos de saúde suplementar do país, o reajuste dos planos de saúde coletivos, não regulamentado pela ANS, é baseado no reajuste dos planos individuais. Um relatório da XP sugere que os contratos de planos de saúde coletivos deverão ter um reajuste de mais de 10% para o período em questão.