Na 28ª fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (20), foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Destes, 11 foram direcionados a empresários de Santa Catarina. Segundo apurações, os alvos são empresários que financiaram os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado, quando houve vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
O financiamento ocorreu através do pagamento de combustíveis e passagens para indivíduos viajarem do estado até a capital federal. Além disso, os empresários investigados também estiveram envolvidos em bloqueios de estradas após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022, em manifestações contrárias a Jair Bolsonaro. Esses protestos resultaram na colocação de barreiras em dezenas de rodovias, impedindo o tráfego de veículos.
A operação de hoje abrange não apenas Santa Catarina, mas também Goiás e Mato Grosso do Sul, com um total de 15 mandados de busca, além de 12 mandados de busca pessoal. Durante as buscas, foram apreendidas armas com os investigados. O Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por autorizar as buscas, também determinou a indisponibilidade de bens dos envolvidos. Estima-se que os danos causados pela depredação dos prédios na Praça dos Três Poderes tenham gerado um prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos.