O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu o dia 18 da próxima semana para o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra os três indivíduos suspeitos de conspirar no assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. Se a acusação for acatada, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, se tornarão réus e enfrentarão um processo penal pelos referidos crimes.
A denúncia, protocolada em maio deste ano pela Procuradoria-Geral da República, foi redigida pelo vice-procurador-geral, Hindemburgo Chateaubriand. Nela, é alegado que os suspeitos ordenaram o assassinato da vereadora devido à sua representatividade como obstáculo aos interesses econômicos dos irmãos Brazão.
“Para os acusados, eliminar Marielle significava não apenas remover um obstáculo, mas também dissuadir outros políticos do grupo de oposição de seguir seu exemplo”, escreveu Hindemburgo Chateaubriand na denúncia.
Se a denúncia for aceita, os acusados se tornarão réus, marcando um passo significativo no processo judicial que busca esclarecer um dos casos mais emblemáticos de violência política recente no Brasil. O processo está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que preside a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.