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O que restou da Odebrecht após entregar suas ações na petroquímica Braskem aos bancos credores

22 de dezembro de 2025
in BAHIA, Brasil, SEGURANÇA
Home BAHIA
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Como fica o grupo Novonor, antiga Odebrecht, a partir de agora, com a perda do controle acionário da Braskem, maior petroquímica das Américas?

Pelo acordo anunciado na segunda-feira,15, e que deve ser concretizado em dois meses, a Novonor terá apenas 4% do capital, em ações preferenciais, como um investidor que receberá dividendos.

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O acerto envolveu cinco grandes credores financeiros e se materializa depois de diversas tentativas frustradas de venda da companhia.

Ao longo de oito anos, em torno de uma dezena de interessados estrangeiros e nacionais avaliaram e fizeram ofertas pela petroquímica.

Das gigantes LyondellBasell, uma das maiores empresas químicas do mundo, e a Adnoc (estatal de petróleo dos Emirados Árabes Unidos) até as nacionais Unipar, J&F Investimentos e o empresário Nélson Tanure.

Culminou no acordo firmado com a gestora IG-4 e os bancos credores.

O grupo Odebrecht já figurou como um dos maiores conglomerados empresariais do País, com faturamento bruto de R$ 124 bilhões em 2015.

Em sua estratégia de se tornar uma potência na petroquímica brasileira, associou-se à Petrobras no início deste século com a ambição de consolidar a petroquímica brasileira, incorporando diversos ativos de concorrentes, como Mariani e Suzano.

Assim, foi gestada a Braskem.

A entrada do grupo no setor petroquímico ocorreu em 1979 e não parou mais.

Até então, o negócio de construção e engenharia, comandado pela CNO (Construtora Norberto Odebrecht), era a referência do grupo.

A empresa se tornou a maior do País, se internacionalizou e virou OEC (Odebrecht Engenharia e Construção).

Chegou a faturar mais de R$ 58 bilhões em 2015, quando já estava na mira da Operação Lava Jato.

A operação conduzida pela Polícia Federal, investigou entre 2014 e 2015 pagamento de propinas em obras da Petrobras.

A Lava Jato atingiu em cheio as empreiteiras de obras públicas no País.

Os principais líderes de negócios da Odebrecht, mais de 70 executivos, foram presos e fizeram acordos de delação premiada.

A OEC e o grupo foram à lona com o escândalo e isso estremeceu inclusive as relações dentro da família.

Marcelo Odebrecht, que era o presidente e ficou preso de junho de 2015 a dezembro de 2017, rompeu com o pai, Emílio, por não concordar com os termos do acordo de leniência com as autoridades.

A família se dividiu e Marcelo foi afastado do grupo, acabando por fazer um acordo que o tirou de vez da sociedade.

O patriarca, hoje com 80 anos, então nomeou outro filho, Maurício Odebrecht, para ficar à frente da companhia, atuando no conselho de administração da Novonor, do qual é presidente.

Emílio, que não foi preso, lidera as decisões estratégicas como acionista.

A direção da Odebrecht se comprometeu a pagar aos órgãos da União — AGU (Advocacia-Geral da União), CGU (Controladoria Geral da União) e Ministério Público Federal — R$ 8,5 bilhões em multas e penalidades.

A empresa também foi investigada no Peru, Panamá, Colômbia e outros países onde atuava.

O grupo teve de vender ativos para amenizar a perda de receita, arcar com os ressarcimentos e custos e para quitar dívidas.

Vendeu e saiu de empresas, como a Odebrecht Ambiental, a primeira, em 2017.

Depois vieram a Atvos (produtora de etanol, açúcar e e energia) e muitas outras.

Agora, transfere a Braskem aos credores — cinco grandes bancos —, que têm um crédito atualizado a receber da ordem de R$ 20 bilhões.

Como garantia, tinham as ações da Novonor na petroquímica.

O grupo sai dessa cena bem menor do que foi uma década atrás.

Agora, perde cerca de 90% de sua musculatura, em receita, e deixa para trás o sonho de ser protagonista no setor petroquímico.

O desfecho da derrocada se deu em 2019, quando entrou com pedido de recuperação judicial listando dívidas da holding e algumas empresas de R$ 98 bilhões.

Outras controladas, como a construtora, a companhia de óleo e gás e a Atvos recorreram a processos de recuperação extrajudicial.

Novo perfil
De um grupo com receita consolidada de R$ 84,5 bilhões no ano passado, a Novonor passa ao patamar de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões sem a joia da coroa petroquímica.

Porém, ao mesmo tempo, tira das costas o peso de uma dívida de cerca de R$ 40 bilhões da Braskem, que enfrenta um ciclo de baixa global de preços e demanda de resinas plásticas, o qual deve se alongar até 2027.

É o momento da volta do grupo às suas origens, diz um interlocutor próximo da Novonor.

O novo caminho, diz, passa pelo negócio de engenharia e construção, que começou em 1944, na Bahia, pelas mãos do fundador, Norberto Odebrecht.

A construtora, que se agigantou e se internacionalizou, é onde a família colocará todas as fichas a partir de agora.

O foco de atuação será em obras de infraestrutura.

A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) permanece como o principal ativo da holding, que deixa de consolidar em seu balanço a receita de quase R$ 80 bilhões (números de 2024) da Braskem.

“A OEC continuará, por sua competência técnica na engenharia, a ser um player relevante no setor, apesar da perda de intensidade, mas não mais dominante, como no passado.

As condições, de mercado e geopolíticas, mudaram muito”, afirma Claudio Frischtak, economista e sócio da consultoria em infraestrutura Inter.B.

O especialista destaca dois cenários de mudanças atualmente: primeiro, o País está aberto à entrada das estrangeiras na construção pesada, caso de grupos chineses, da Espanha e da Itália; segundo, crescimento orgânico das construtoras menores que entraram no vácuo das grandes (Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão) após a Lava jato.

Além da OEC, os demais negócios da Novonor são a incorporadora de imóveis OR, com empreendimentos imobiliários em São Paulo, Bahia e outros Estados; o estaleiro Enseada, em Maragogipe (BA), que faz construção de navios, barcos e barcaças e reparos em plataformas; e a Nova Infra Invest, empresa voltada a obras de infraestrutura, ainda com maior presença no exterior (Peru e Panamá).

Recomeço com DNA da construção
Sem a Braskem, o foco da Novonor se volta principalmente à engenharia e construção, que deu origem ao grupo baiano, 81 anos atrás.

Com a reestruturação da dívida, após várias planos de recuperação extrajudicial, a avaliação no grupo é que a construtora está pronta para crescer.

No primeiro semestre, a construtora finalizou o plano de reestruturação financeira que reduziu dívidas da ordem de US$ 4,5 bilhões (R$ 24,3 bilhões) para cerca de US$ 120 milhões a valor presente.

Com isso, acredita que terá fôlego para disputar contratos no Brasil e exterior e voltar a ser protagonista.

A OEC foi uma gigante internacional e ainda se mantém como a maior companhia de construção pesada do País.

Em 2024, teve receita líquida de R$ 5,2 bilhões, com obras no Brasil e no exterior, com destaque para contratos em Angola.

Com a ida à lona pelo impacto da Lava Jato, a empresa ainda está muito longe daquela que, em 2015, no auge das investigações, entregou seu último grande resultado: faturamento bruto de R$ 58 bilhões.

A construtora Odebrecht, observa Frischtak, tinha grande parte da sua força com recursos das exportações de serviços que contavam com o apoio do governo brasileiro.

“Hoje, mesmo o governo atual está mais precavido em ampliar essa linha de exportação”, diz.

“Não consigo enxergar condições, internas e externas para uma arrancada.

Não vejo a OEC retomando o que foi.”
A empresa informa que terminou o ano passado com backlog (carteira de pedidos) de US$ 4 bilhões (R$ 21,6 bilhões), com 60% no Brasil.

Com as conquistas de contratos ao longo de 2025 — da ordem de R$ 14 bilhões —, diz que praticamente duplica o backlog no País.

A OEC está “retomando um patamar próximo ao de 2015”, afirma pessoa ligada ao grupo.

Fora do País, a maioria dos contratos são em Angola e alguma coisa nos EUA.

Em Angola, a construtora teve grande presença nas obras e também, por décadas, fortes laços de amizade e influência junto aos governantes do país.

Apesar da liderança, a OEC é seguida de perto pela espanhola Acciona Construction, que em 2024 alcançou receita de R$ 3,77 bilhões no País, segundo o anuário “Mil Maiores Empresas”, do Valor.

A concorrente está à frente de uma das grandes obras do metrô de São Paulo, a Linha 6 -Laranja.

Outras frentes de negócios Além da engenharia e construção, DNA do grupo, a Novonor vai gerir três outros negócios que ficaram sem evidência durante e após os problemas enfrentados em decorrência da Lava Jato e do pedido de recuperação judicial do grupo, em 2019.

A ação contra credores listou dívidas totais (considerando as intragrupos) de R$ 98 bilhões.

Um dos negócios é o imobiliário, focado na incorporação e construção de imóveis residenciais e corporativos de alto padrão, principalmente em São Paulo, e em loteamentos.

Fundada em 2007, a Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), que mudou o nome para OR dez anos depois, nasceu em meio à euforia de diversificação do grupo Odebrecht, entre 2000 e 2014.

Segundo informações obtidas pelo Estadão, a incorporadora voltou neste ano ao patamar de lançamentos de R$ 1 bilhão.

📊 Informação Complementar

Foi responsável por grandes empreendimentos, como o Parque da Cidade, em São Paulo.

Além de Bahia e da capital paulista, a incorporadora está presente em Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Leia também Em infraestrutura, a aposta é na Nova Infra Invest, que ainda tem maior presença no exterior e agora tem planos de abrir mercado no Brasil em suas áreas de atuação — projetos de transporte, de água e saneamento e de energia.

A empresa se diz a maior operadora de concessões de rodovias (em extensão) no Peru.

É dona também de uma concessão no Panamá.

A informação é que este ano vai fechar com faturamento na casa de US$ 250 milhões (R$ 1,35 bilhão).

Outra frente está no Estaleiro Enseada, que surgiu da febre de investimentos na primeira década deste século com incentivos do governo federal para nacionalizar a fabricação de navios e plataformas de petróleo.

Odebrecht, na Bahia, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, em Pernambuco (EAS) e outros grupos se aventuraram nessa jornada, que se mostrou um fracasso.

Com a crise da Petrobras a partir de 2012, empreendimentos pediram recuperação judicial, caso do EAS.

A Novonor informa que o Enseada está hoje plenamente operacional, com contratos assinados com o grupo J&F (dos irmãos Batista, donos da JBS) e com Petrobras.

Para o J&F, o estaleiro entregou em outubro a primeira barcaça, de uma encomenda de 80 unidades, para transporte de minério de ferro da mineradora do grupo LHG Mining, de Corumbá (MS) até o terminal marítimo Nueva Palmira, no Uruguai.

O projeto da LHG conta com financiamento de R$ 3,7 bilhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM), via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Apenas a parte do Enseada responde por R$ 611 milhões.

Com a Petrobrás, o principal contrato é a construção de seis navios híbridos multipropósito (de apoio offshore e segurança ambiental).

O investimento é de mais de R$ 2,6 bilhões.

Novo comando no grupo
A partir do início de abril, o comando da Novonor, já com nova reconfiguração no portfólio, mudará de mãos.

O atual diretor-presidente da holding, Héctor Núñez, após cinco anos no cargo, encerrará seu ciclo no grupo em 31 de março, conforme comunicado interno do conselho de administração ao qual o Estadão teve acesso.

Procurada, a Novonor confirmou a saída de Núñez no fim de março e também a indicação para seu lugar de Daniel Villar, que está há 31 anos no grupo e atualmente é membro do conselho da Novonor.

Durante o período crítico da Lava Jato, a partir de dezembro de 2015, com a prisão de Marcelo Odebrecht, Villar ficou na vice-presidência da companhia nas gestões de Newton de Souza e Luciano Guidolin.

Engenheiro Civil, Villar vai comandar um grupo bem mais enxuto e menos conturbado do que aquele de dez anos atrás, e que tem ainda a mão de Emílio Odebrecht nas decisões estratégicas e de seu filho Maurício Odebrecht à frente do conselho.

Daniel é filho de Luiz Villar, um dos integrantes do grupo de executivos de confiança formado por Emílio quando assumiu posições de comando no grupo e o lugar do pai, Norberto, na gestão executiva (1991 a 2001).

Nesse grupo estavam também Pedro Novis e Renato Baiardi.

Em sua trajetória no grupo, Villar foi executivo da OEC, da incorporadora imobiliária OR e da Novonor S.A.

Atualmente, além da holding, é membro nos conselhos de administração da Odebrecht Engenharia e Construção, da Nova Infra Invest e da OR.

O comunicado do conselho diz que “Núñez cumpriu de forma exitosa a missão que teve ao vir para o grupo, superando os desafios pactuados ao chegar em março de 2021″.

Destaca a venda ou transferência das participações societárias da Novonor em diversas empresas controladas, a reestruturação financeira da Odebrecht Engenharia e Construção, e o fortalecimento da Governança dos Negócios.

Inicialmente, o executivo teria vindo para ficar quatro anos, segundo informou um interlocutor.

Uma RJ sem fim Pelo plano da recuperação judicial da Novonor, aprovado em abril de 2020, ficou definido com os credores que os compromissos seriam quitados no prazo de até 30 anos, com recursos oriundos de lucros futuros (80%) e de vendas de ativos.

A Braskem era um desses ativos.

Desde 2017, segundo o grupo, foram vendidas ou transferidas várias empresas: a Odebrecht Ambiental (para o grupo canadense Brookfield); duas concessionarias no Peru (Hidroelétrica de Chagla e Rutas de Lima); a Atvos, todos os ativos da Odebrecht TransPort (OTP, de infraestrutura e logística); hidrelétrica Santo Antônio Energia (em Rondônia) e Ocyan (óleo e gás).

O montante de dívidas concursais do plano de recuperação da companhia é atualmente de R$ 59 bilhões (conforme documentos da empresa).

A Novonor ainda busca a aprovação final do plano pelos credores, dentro de uma equação que permita equilibrar as finanças (geração de caixa) e pagamentos das dívidas.

O grupo tem ainda pagamentos pendentes dos acordos de leniência firmados com CGU, AGU e Ministério Público Federal durante a Lava Jato.

No entanto, foi pedida repactuação dos valores firmados pelas empreiteiras investigadas e processadas no âmbito da operação da PF.

O caso está nas mãos do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que homologou o acordo de repactuação, mas o ministro Flávio Dino pediu vistas do processo.


Fonte: estadao

22/12/2025 15:15

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