O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará a medida de chamar de volta o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, em resposta às declarações do chefe do Executivo sobre o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Na manhã seguinte às declarações de Lula, o embaixador Meyer foi repreendido pelo ministro do Exterior israelense, Israel Katz, durante um evento no Museu do Holocausto Yad Vashem. As palavras de Lula, que compararam o que acontece na Faixa de Gaza ao Holocausto, causaram desconforto, levando o ministro Katz a declarar o presidente brasileiro como “persona non grata” no país até que retratações sejam feitas.
Em uma reunião no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (19/2), Lula, acompanhado por Paulo Pimenta, Celso Amorim e Márcio Macêdo, decidiu que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lidará com a questão. Até o momento, Lula optou por não fazer novos discursos se desculpando com o governo de Israel pelas declarações controversas.
A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, defendeu o presidente em uma publicação no X (antigo Twitter), afirmando que a fala de Lula referiu-se ao governo genocida, não ao povo judeu. Este será o novo posicionamento do Planalto em relação ao conflito na região.