Pensa Povo
segunda-feira, setembro 8, 2025
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
Pensa Povo

O enigma Fux: o que esperar do voto do ministro que tem discordado de Moraes?

8 de setembro de 2025
in EDUCAÇÃO, POLÍTICA, SEGURANÇA
Home EDUCAÇÃO
0
SHARES
Share on FacebookShare on Twitter

O enigma Fux: o que esperar do voto do ministro que tem discordado de Moraes no julgamento de Bolsonaro?

Historicamente duro em ações penais, ministro adotou postura mais branda em processos contra o ex-presidente e outros reús do 8 de janeiro Normalmente temido como um juiz duro em processos criminais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux se tornou a principal esperança das defesas no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus — todos ex-integrantes do seu governo, incluindo três generais do Exército.

RELATED POSTS

Atos bolsonaristas focam em ‘mandar recado para Hugo Motta’: ‘Paute a anistia’

Entenda as pistas que os ministros deixaram para decidir se condenam ou não Bolsonaro

Acusados de tentar um golpe de Estado após Bolsonaro perder as eleições de 2022, os oito negam envolvimento em planos ou ações autoritárias.

O julgamento chega a sua etapa final com o início dos votos dos cinco ministros que integram a Primeira Turma do STF, a partir de terça-feira (9/9).

O primeiro a votar é Alexandre de Moraes, relator do caso, seguido de Flávio Dino, Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A posição de Fux está sendo considerada importante entre bolsonaristas como um possível contraponto a Moraes, de quem é esperado um voto duro pela condenação.

Serviria, assim, para fragilizar a tese de que houve uma tentativa de golpe.

No entanto, mesmo que Fux se manifeste por uma condenação mas branda — ou uma absolvição, cenário considerado menos provável —, seu voto só terá impacto no julgamento se conseguir influenciar outros ministros.

E, até o momento, os demais integrantes da Primeira Turma têm acompanhado os votos de Moraes.

O ministro relator já declarou que não há dúvidas de que houve uma tentativa de golpe de Estado no país.

E afirmou também que a impunidade levaria a novas tentativas autoritárias.

As falas ocorreram no início do julgamento, na terça-feira passada, antes de ler seu relatório (um resumo do processo).

Já as esperanças depositadas em Fux pelas defesas vêm de algumas declarações ao longo do processo contra o ex-presidente e decisões em outros casos relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas radicais depredaram as sedes dos Três Poderes.

Fux, por exemplo, já levantou questionamentos à validade da delação de Mauro Cid — ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que colaborou com a acusação em busca de penas mais brandas para si — devido a diferentes versões apresentadas por ele sobre o suposto plano golpista.

Além disso, passou a considerar excessivas as penas dos condenados pelo 8 de janeiro.

No julgamento de Débora dos Santos, conhecida por ter pichado a estátua da Justiça em frente ao STF com um batom, por exemplo, o ministro votou para absolvê-la da maioria das acusações e propôs uma pena de 1 ano e seis meses de reclusão, pelo crime de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Ela acabou, porém, condenada a 14 anos, com a maioria da Turma seguindo o voto mais duro de Moraes, que a considerou culpada, também, dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada.

“É um juiz que tem um histórico mais punitivista e que, neste caso, tem tido posições mais garantistas”, nora a criminalista Flávia Rahal, professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, sobre a atuação de Fux no processo de Bolsonaro e de outros réus do 8 de janeiro.

Qual pode ser o impacto de Fux no julgamento?

O maior efeito que Fux poderia ter individualmente seria pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o processo, medida que hoje tem prazo máximo de 90 dias.

Isso poderia atrasar o desfecho do julgamento.

Mesmo que ele faça isso, porém, os outros ministros podem antecipar o seu voto, já formando maioria pela condenação.

Hoje o sentimento predominante nos bastidores de Brasília é que Fux não pedirá vista, mas deve divergir de Moraes em seu voto, por exemplo considerando Bolsonaro culpado de apenas parte das acusações — ele é processado pelos crimes de liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano contra patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.

A pena máxima por todos esses crimes supera 40 anos.

Outro possível ponto de divergência para Fux é na fixação dessa punição.

Ainda que ele condene Bolsonaro por todos esses crimes, pode propor um tempo menor de cadeia, ressaltam os especialistas entrevistados.

"Imagino que Fux acompanhará a Primeira Turma na condenação, mas irá divergir no cálculo da pena.

Não me parece impossível, ainda, que ele absolva Bolsonaro e outros réus por alguns crimes, não por todos”, prevê o ex-defensor público federal Caio Paiva, hoje coordenador do CEI, uma plataforma de cursos jurídicos.

"Eu acredito que nenhum outro ministro vai acompanhar o ministro Luiz Fux", disse ainda.

Se Fux for por esse caminho isoladamente e a maioria acompanhar um voto condenatório do ministro relator, isso não mudará o desfecho do julgamento.

Mas, se ao menos um segundo ministro o acompanhar em votos mais brandos, isso poderá, eventualmente, abrir brechas para que os réus recorram da condenação ao plenário do STF, formado pelos onze ministros da Corte.

Segundo as regras do Supremo, se houver dois votos absolvendo o réu, ao menos em parte das acusações, é possível esse tipo recurso, chamado de embargos infringentes.

Um cenário como esse prolongaria o julgamento de Bolsonaro, mas não significaria, necessariamente, chances concretas de reverter uma eventual condenação na Primeira Turma, já que a maioria do plenário STF também tem apoiado a atuação de Moraes em processos relacionados ao 8 de janeiro, nota Caio Paiva.

Dallagnol vê ‘pista de Trump’ sobre voto de Fux Hoje alinhado ao campo bolsonarista, o ex-procurador da operação Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol disse ao jornal Gazeta do Povo que “ainda é um mistério” se Fux vai votar para absolver Bolsonaro em partes dos crimes ou apenas por penas menores.

Ele reconhece que o ministro não será determinante para o desfecho do julgamento, mas, ainda assim, considera sua posição importante.

"O voto do Fux não vai mudar o resultado, mas ele quebra aquele monolito, quebra a mono mensagem.

Ele permite que muito mais gente entenda o que está realmente acontecendo.

Ele deixa o registro histórico da injustiça", disse ao jornal.

Já em um vídeo em seu canal no YouTube, Dallagnol diz ver duas "pistas" que sinalizam para o voto mais brando de Fux.

Uma dela seria a posição mais leve que ele passou a adotar ao julgar casos de 8 de janeiro.

E a outra seria o fato de Fux ser um dos três ministros que não foi sancionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Kassio Nunes e André Mendonça, os dois integrantes do STF indicados por Bolsonaro.

Aliado do ex-presidente brasileiro, Trump determinou a retirada dos vistos para entrar nos EUA dos outros sete ministros e de seus familiares.

Já no caso de Moraes, adotou também retaliações financeiras, colocando-o como alvo da Lei Magnitsky.

"A segunda pista importante sobre o voto de Fux é a pressão americana.

O Fux foi um dos três ministros poupados por Donald Trump.

De fato, gente, ele foi poupado de ter seu visto cassado, de ser proibido de entrar nos Estados Unidos", afirmou Dallagnol.

"O Fux já tem uma posição divergente de Moraes e, com isso, ele está numa situação confortável de não ter que se sujeitar a outras e novas punições como aquelas da lei Magnitsky", disse ainda.

Dallagnol foi chefe da força-tarefa do Ministério Público na Lava Jato, operação contra desvios na Petrobras e grandes obras públicas, iniciada em 2014 e que entrou em declínio a partir de 2019.

Na época, Fux era visto como um ministro que apoiava a operação, votando contra recursos dos réus que chegavam ao STF.

Em 2019, quando um hacker invadiu o celular de Dallagnol e vazou conversas entre ele e o então juiz da Lava Jato Sergio Moro, hoje senador do Paraná pelo União Brasil, um diálogo mostrou essa confiança da operação no ministro.

Na conversa, de 2016, Dallagnol relatava ter conversado com Fux sobre a força-tarefa da Lava Jato e que o ministro teria dito que podiam contar com ele, ao que Moro respondeu: "In Fux We Trust" (No Fux, nós confiamos).

A mudança ‘abrupta’ de Fux Juristas ouvidos pela reportagem evitam especular qual seria o motivo da mudança de Fux no julgamento de Bolsonaro, mas concordam que sua posição mais garantista — ou seja, um ministro que dá maior peso em seus votos às garantias constitucionais dos acusados e aos argumentos das defesas — destoa do seu passado.

"Historicamente, as decisões dele sempre indicavam um juiz no âmbito criminal bastante rigoroso e bastante punitivista", nota a criminalista Flávia Rahal.

“Se a gente resgata a atuação dele no julgamento do Mensalão [escândalo de corrupção do primeiro governo Lula] e depois na Lava Jato, era um ministro que se alinhava muito com o discurso do Ministério Público”, ressalta.

No voto do Mensalão, Fux defendeu que o princípio da presunção da inocência não é suficiente para impedir condenações quando houver indícios razoáveis contra os acusados.

“A condenação, na esteira do quanto já exposto, não necessita basear-se em verdades absolutas, por isso que os indícios podem ter, no conjunto probatório, robustez suficiente para que se pronuncie um juízo condenatório”, votou, na ocasião.

"Toda vez que as dúvidas que surjam das alegações de defesa e das provas favoráveis à versão dos acusados não forem razoáveis, não forem críveis diante das demais provas, pode haver condenação.

Lembremos que a presunção de não culpabilidade não transforma o critério da 'dúvida razoável' em 'certeza absoluta'", argumentou ainda.

Para a professora Flávia Rahal, houve uma "clara mudança" de Fux no julgamento de Bolsonaro.

Ela chama a atenção para sua decisão "pouco usual" de participar dos depoimentos das testemunhas e interrogatórios dos réus, etapa que normalmente é realizada apenas pelo ministro relator.

"Ele quis, de fato, construir um caminho que parecia um caminho próprio dele, de olhar esses fatos, e, já em alguns momentos, divergiu do ministro relator, sempre numa linha mais garantista".

Na visão da criminalista, a mudança de Fux foi abrupta, já que ele não vinha se tornando mais garantista gradualmente, ao julgar outras ações penais.

📊 Informação Complementar

"Eu não saberia te dizer por que houve essa mudança.

Tampouco consigo ver, na história das decisões recentes, que isso viesse acontecendo.

Não me parece que ele vinha mudando e que, da Lava Jato pra cá, ele vinha tendo posturas mais garantistas", destaca.

O ex-defensor público federal Caio Paiva também considera surpreendente a postura mais branda de Fux no julgamento de Bolsonaro e em outros processos do 8 de janeiro.

Ele faz um acompanhamento sistemático de decisões dos ministros do STF e destaca a posição do ministro ao analisar recursos das defesas, como habeas corpus.

"O ministro Luiz Fux é, da composição atual, o ministro que menos concede a ordem em habeas corpus por exemplo".

"Essa amostra, oriunda de processos de habeas corpus, representa bem o perfil, de um modo geral, dos ministros do Supremo.

Isso porque é por meio, principalmente, dos habeas corpus que o STF constrói a sua jurisprudência em matéria penal".

Na sua visão, não está claro se houve uma mudança no perfil de Fux, ou se sua posição por penas mais leves será adotada apenas nos casos do 8 de janeiro.

"Considero razoável e legítimo que haja divergência no Supremo em relação à dosimetria da pena nesses casos.

O que me surpreende, uma vez mais, é que a voz pela aplicação mais branda do Direito Penal seja do ministro Fux", ressalta.

O criminalista Nestor Santiago, professor da Universidade de Fortaleza e da Universidade Federal do Ceará, considera que os votos mais brandos de Fux nos julgamentos dos manifestantes que depredaram as sedes dos Três Poderes não permitem cravar qual será sua postura no processo contra Bolsonaro e os demais sete réus.

"No caso dos invasores [do 8 de janeiro], ele deu votos com penas menores por entender que não tinha colocado em risco o Estado Democrático de Direito", explica.

"Uma coisa é você julgar pessoas que participaram ativamente, fizeram a depredação.

Outra coisa é você analisar comportamentos de pessoas que não se movimentaram [no 8 de janeiro], mas são acusadas de fazer toda a estratégia, toda a preparação para o golpe", destaca.


Fonte: terra

08/09/2025 08:29

ShareTweet

Related Posts

Atos bolsonaristas focam em ‘mandar recado para Hugo Motta’: ‘Paute a anistia’

by Iago
8 de setembro de 2025

Atos bolsonaristas focam em ‘mandar recado para Hugo Motta’: ‘Paute a anistia’ Neste 7 de Setembro, manifestantes pediram por anistia...

Entenda as pistas que os ministros deixaram para decidir se condenam ou não Bolsonaro

by Iago
8 de setembro de 2025

Quais são as pistas que os ministros deixaram para decidir se condenam ou não Bolsonaro e outros 7 réus por...

Atiradores invadem ônibus e matam 5 pessoas em Jerusalém; pelo menos 11 ficaram feridas

by Iago
8 de setembro de 2025

Atiradores invadem ônibus e matam cinco pessoas em Jerusalém Até o momento, nenhum grupo reivindicou responsabilidade pelo atentado Boletim JR...

STF espera aumento da pressão de Trump na semana final do julgamento de Bolsonaro

by Iago
8 de setembro de 2025

STF já espera aumento da pressão política de Trump na semana final do julgamento de Bolsonaro Corte reage a sanções...

Oposição aposta em Nunes Marques para tornar Bolsonaro elegível se anistia for parcial

by Iago
8 de setembro de 2025

Oposição aposta em Nunes Marques para tornar Bolsonaro elegível se anistia for parcial Ministro foi indicado pelo ex-presidente ao STF...

Next Post

Atos bolsonaristas focam em 'mandar recado para Hugo Motta': 'Paute a anistia'

TRENDING

Brasil

Atos bolsonaristas focam em ‘mandar recado para Hugo Motta’: ‘Paute a anistia’

8 de setembro de 2025
EDUCAÇÃO

O enigma Fux: o que esperar do voto do ministro que tem discordado de Moraes?

8 de setembro de 2025
Meio Ambiente

Entenda as pistas que os ministros deixaram para decidir se condenam ou não Bolsonaro

8 de setembro de 2025
SEGURANÇA

Atiradores invadem ônibus e matam 5 pessoas em Jerusalém; pelo menos 11 ficaram feridas

8 de setembro de 2025
Internacional

STF espera aumento da pressão de Trump na semana final do julgamento de Bolsonaro

8 de setembro de 2025
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
No Result
View All Result
  • Inicio
  • POLÍTICA
  • MUNDO
  • TECNOLOGIA
  • SAÚDE
  • ECONOMIA
  • ENTRETENIMENTO
  • SEGURANÇA
  • JUSTIÇA
  • Carnaval
  • VIDA E ESTILO

© 2024 Pensa Povo.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você está dando consentimento para o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.