Pensa Povo
domingo, julho 27, 2025
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
Pensa Povo

O ciclo da pobreza só será rompido com uma mudança de visão

27 de julho de 2025
in Brasil, ECONOMIA, POLÍTICA
Home Brasil
0
SHARES
Share on FacebookShare on Twitter

Um dos maiores erros do século XX, além da criação da bomba atômica, foi vincular o tema da pobreza à economia, como se a tragédia fosse apenas problema de renda, e não questão de fundo moral e de gestão pública.

A escravidão só foi derrotada quando passou a provocar horror e indignação entre os não escravizados.

RELATED POSTS

Fortaleza vence o Bragantino e fica perto de deixar o Z4

Mirassol e Vitória fazem bom jogo e ficam no empate

Por ser apenas falta de renda, a permanência da pobreza não causa indignação moral, apenas incômodo passageiro, o que faz aceitável a existência de pessoas famintas, crianças sem escolas de qualidade, famílias morando na rua ou em casas sem saneamento.

🌍 O Cenário Atual de veja

Perde-se naturalmente impulso político para a superação do que é visto como crise, e não como tragédia.

A abolição da escravidão só avançou quando houve comoção moral, como ocorreu na Inglaterra, graças sobretudo à luta de William Wilberforce.

Em Flores, Votos e Balas, Angela Alonso mostra que no Brasil isso aconteceu após 1880, quando foi travada uma luta moral que converteu a consciência escravocrata nacional em abolicionista.

💥 Impacto e Consequências

Mas não tivemos líderes que indignassem a sociedade diante da constância da pobreza.

É como se, na época da escravidão, os defensores da liberdade restringissem sua bandeira ao aumento da renda dos escravizados, para emancipar alguns, sem abolir de vez a escravatura; ou se Nelson Mandela se contentasse com programas de cotas e bolsas universitárias para fazer os negros sul-africanos serem aceitos como brancos, sem extirpar o apartheid.

“Não há impulso político para a superação de algo que é visto como crise, e não como tragédia” Hoje, é preciso transformar a convivência com a pobreza em uma nova consciência: a da segunda abolição — justamente a da pobreza.

🌍 Contexto e Relevância

Para tanto, devemos superar a visão economista, que é a da pobreza entendida como mera escassez de renda, e não como a privação do acesso à cesta de bens e serviços essenciais à vida.

Após décadas de crescimento econômico, a sociedade não sentiu indignação moral diante da continuidade do quadro de pobreza.

Tampouco compreendeu que sua superação não virá automaticamente com o crescimento do PIB e a expansão da renda social, como se isso garantisse a cada brasileiro pobre o acesso pleno àquilo que necessita — saúde, educação, segurança.

Se houvesse verdadeira indignação, e ela se traduzisse em mobilização política, a pobreza não resistiria a poucos anos de uma estratégia social focada em erradicá-la.

Para isso, é preciso transformar a tolerância em indignação e formar uma consciência pela segunda abolição — a da pobreza.

A simples distribuição da carga fiscal na arrecadação é necessária do ponto de vista moral, mas ela não erradicará a pobreza se os recursos arrecadados não forem usados para garantir a oferta pública dos bens e serviços cuja ausência define a pobreza.

Ela continuará existindo se os recursos da justiça tributária forem dragados por corrupção, mordomias, salários milionários ou investimentos que beneficiam apenas o “andar de cima”.

A justiça fiscal só será abolicionista se for utilizada para financiar o acesso de todos aos bens e serviços públicos essenciais, especialmente para implantar um sistema nacional público de educação com qualidade e equidade, capaz de elevar a produtividade da economia, aumentar a renda nacional, promover sua distribuição e induzir participação política na direção de romper o círculo vicioso que faz a permanência da pobreza.

Publicado em VEJA de 25 de julho de 2025, edição nº 2954


Fonte: veja

27/07/2025 06:40

ShareTweet

Related Posts

Fortaleza vence o Bragantino e fica perto de deixar o Z4

by Iago
27 de julho de 2025

Fortaleza vence o Bragantino, reage no Brasileirão e fica perto de deixar o Z4 O triunfo do Leão do Pici...

Mirassol e Vitória fazem bom jogo e ficam no empate

by Iago
27 de julho de 2025

Mirassol e Vitória fazem bom jogo e empatam no Brasileirão Equipes ficam no 1 a 1 no Maião em duelo...

Palmeiras bate Grêmio com gol relâmpago, vence 3ª seguida e cola no líder

by Iago
27 de julho de 2025

Palmeiras bate Grêmio com gol relâmpago, vence terceira seguida no Brasileirão e cola no Cruzeiro Facundo Torres marca aos dois...

Senado tem 70 pedidos de impeachment contra ministros do STF; Moraes é o principal alvo

by Iago
27 de julho de 2025

Senado tem 70 pedidos de impeachment contra ministros do STF; Moraes é o principal alvo Dos 11 ministros que integram...

Reta final de negociações por tarifaço alcança Congresso e aumenta disputa política

by Iago
27 de julho de 2025

Reta final de negociações por tarifaço alcança Congresso e aumenta disputa política Senadores buscam ampliar diálogo com EUA; no Brasil,...

Next Post

Fãs do BTS se mobilizam contra PL da Devastação

Aliados pressionam e Zelensky desiste de diluir combate à corrupção

TRENDING

Brasil

Fortaleza vence o Bragantino e fica perto de deixar o Z4

27 de julho de 2025
Brasil

Mirassol e Vitória fazem bom jogo e ficam no empate

27 de julho de 2025
Brasil

Palmeiras bate Grêmio com gol relâmpago, vence 3ª seguida e cola no líder

27 de julho de 2025
Brasil

Senado tem 70 pedidos de impeachment contra ministros do STF; Moraes é o principal alvo

27 de julho de 2025
Brasil

Reta final de negociações por tarifaço alcança Congresso e aumenta disputa política

27 de julho de 2025
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
No Result
View All Result
  • Inicio
  • POLÍTICA
  • MUNDO
  • TECNOLOGIA
  • SAÚDE
  • ECONOMIA
  • ENTRETENIMENTO
  • SEGURANÇA
  • JUSTIÇA
  • Carnaval
  • VIDA E ESTILO

© 2024 Pensa Povo.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você está dando consentimento para o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.