No Cime, Marcos do Val resistiu a colocar tornozeleira eletrônica
Senador foi ao Centro de Monitoração para instalar a tornozeleira.
Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, Do Val apresentou resistência atualizado Compartilhar notícia O senador Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (4/8), resistiu a colocar a tornozeleira eletrônica, mas acabou cedendo.
O uso do equipamento foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Do Val está no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), onde a tornozeleira será instalada.
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A defesa do senador alega que não houve descumprimento de medidas cautelares e afirma que a decisão “ultrapassa os limites da razoabilidade”.
Em nota, a assessoria do senador confirnou a instalação da tornozeleira, mas ressaltou o senador sequer é réu ou foi condenado em qualquer processo.
“As medidas impostas impedem o pleno exercício do seu mandato”, dia a nota.
Segundo a assessoria, os advogados do parlamentar acompanham o caso de perto e adotarão as “medidas jurídicas cabíveis para garantir o pleno respeito aos direitos e garantias constitucionais assegurados a qualquer cidadão, em especial a um senador em pleno exercício do mandato”.
💥 Impacto e Consequências
“O senador Marcos Do Val reitera sua confiança nas instituições democráticas e no devido processo legal e reafirma seu compromisso com a verdade, com a transparência e com a sua missão parlamentar representando o povo capixaba”, diz a nota.
Por decisão de Mores, além do bloqueio de salário e das verbas de gabinete, foi autorizado o bloqueio de todos os bens, ativos, contas bancárias e investimentos em nome do senador Marcos do Val.
O passaporte diplomático foi apreendido.
Moraes já havia determinado o bloqueio de todas as chaves Pix e cartões — de crédito ou débito — vinculados ao parlamentar.
Imóveis, veículos, embarcações e aeronaves registrados em nome de Do Val também deverão ser bloqueados.
Além disso, o magistrado reiterou decisão anterior que proíbe o senador de utilizar redes sociais.
Recolhimento domiciliar Com o uso da tornozeleira eletrônica, Do Val deverá cumprir as mesmas medidas cautelares impostas atualmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o recolhimento domiciliar noturno — com permissão para sair de casa apenas entre 6h e 19h, de segunda a sexta-feira.
Aos fins de semana e feriados, tanto o senador quanto o ex-presidente deverão permanecer em casa.
Operação
Do Val foi abordado por policiais federais no Aeroporto de Brasília, ao desembarcar de uma viagem aos Estados Unidos.
Por ordem de Moraes, o senador deverá usar tornozeleira eletrônica.
O Metrópoles apurou, junto a fontes da PF, que o passaporte diplomático utilizado pelo senador para deixar o Brasil foi apreendido.
Do Val deixou o Brasil após descumprir uma ordem de Moraes, que posteriormente havia determinado o bloqueio das contas do parlamentar logo após a divulgação de um vídeo gravado em solo norte-americano.
Gravar Moraes Marcos do Val ganhou notoriedade depois de acusar o então presidente Jair Bolsonaro e o então deputado federal Daniel Silveira de sugerirem a ele para gravar uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes.
O senador mudou de versão algumas vezes e se tornou alvo de um inquérito em fevereiro de 2023.
Depois, passou a desmentir a própria narrativa, isentar Bolsonaro e atacar Moraes após ser criticado por aliados e por sua base eleitoral.
Em junho daquele ano, foi alvo de uma operação da PF e teve suas contas nas redes sociais suspensas por suposta obstrução das investigações dos atos do 8 de Janeiro.
Diante da ação, afastou-se do cargo de senador por 40 dias.
Do Val continuou alegando ser alvo de perseguição e censura.
Já em 2024, foi alvo de uma nova operação da PF.
📊 Informação Complementar
Dessa vez, foi proibido de usar redes sociais por publicar a foto e dirigir ataques ao delegado Fábio Shor.
Moraes determinou que entregasse seus passaportes aos agentes, mas não cumpriu a determinação.
À época, disse ao Metrópoles que entregaria os documentos posteriormente.
Moraes também determinou o bloqueio de R$ 50 milhões das suas contas.
Do Val passou, então, a alegar problemas financeiros e em ato de revelia, disse que dormiria no plenário do Senado por falta de recursos.
Colaborou Madu Toledo.
Fonte: metropoles
04/08/2025 11:38