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Não, o ChatGPT não sabe qual é a sua bênção

28 de julho de 2025
in POLÍTICA, TECNOLOGIA
Home POLÍTICA
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Não, o ChatGPT não sabe qual é a sua bênção A nova “trend” das redes sociais chega a emocionar usuários, mas não se engane: é tudo lero-lero da IA Uma quantidade cada vez maior de usuários do Instagram e do TikTok tem publicado vídeos e fotos em que o ChatGPT lista suas bênçãos e maldições.

Algumas pessoas falam do conteúdo em tom emocionado.

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“Nossa, sou eu todinha aqui nesse texto”, “nem gente que me conhece há tempo falou de mim com tanta profundidade”, daí por diante.

É a mais nova “trend” de redes sociais, como você deve ter notado ao acessar alguma delas, e como a maioria dessas modinhas não passa de brincadeira inofensiva.

Dito isso, preciso dar vazão à parte mal humorada do meu ser e dizer que é uma tremenda de uma patacoada.

O ChatGPT não escreve esses textos pensando em você, especificamente.

💥 Impacto e Consequências

Embora tenha recebido atualizações que permitem lembrar detalhes de interações anteriores, como preferências e informações compartilhadas, essa memória é limitada e controlada pelo usuário.

Portanto, ele não tem como saber REALMENTE suas bênçãos e maldições.

Usuários dos planos Plus e Pro podem obter respostas mais personalizadas, pois o ChatGPT pode armazenar detalhes específicos fornecidos por eles.

Além disso, desde junho deste ano, usuários gratuitos também têm acesso a uma versão simplificada dessa funcionalidade.

No entanto, mesmo com essas melhorias, a IA apenas constrói respostas com base nas informações disponíveis, sem uma compreensão profunda de quem você é.

“Mas, poxa vida, eu me identifiquei tanto!”
Porque quis.

O ChatGPT e modelos similares (como Gemini, Claude e Perplexity) são muito bons em ordenar palavras, repetindo padrões aprendidos durante o treinamento.

Eles identificam que determinados termos e ideias são frequentemente usados juntos, o que os torna eficazes em gerar textos que soam coerentes, mas que podem carecer de profundidade real.

Em outras palavras, são ótimos “geradores de lero-lero”, expressão que aqui pego emprestada do jornalista Marcelo Soares, que li no LinkedIn.

Isso não quer dizer que tudo que escrevem deve ser descartado.

As IAs são assistentes de texto muito eficientes, e podem otimizar diversos processos do nosso dia a dia, como sabe quem já faz uso delas com regularidade.

Mas não são o caminho mais recomendado para o autoconhecimento, e até comentei outro dia desses que é uma péssima ideia recorrer a elas para fazer terapia.

As “bênçãos” e “maldições” listadas pela IA são um apanhado genérico de frases com pretensão de profundidade, mas com verniz na medida para capturar a boa vontade e a inclinação de quem pede esse tipo de texto.

Para essa coluna ficar mais rica, fui perguntar ao GPT, versão grátis, qual é a minha bênção — não porque eu quisesse saber, mas por achar que seria importante para meu argumento.

O que ele fez?

Combinou duas conversas recentes de projetos de conteúdo que fiz (um sobre adoção de pets, outro sobre IA no Rio de Janeiro), empacotou num texto genérico e disse que minha bênção é imaginar mundos melhores.

QUASE CAÍ, até me lembrar que é apenas uma IA sendo eficiente.

Em certa medida, as “bênçãos do ChatGPT” são como ler horóscopo de jornal ou como ler descrição dos comportamentos que definem uma geração: a pessoa encara já procurando se encaixar naquilo.

“Ah, porque gen Z não gosta de balada”, daí a pessoa que adora balada tenta mudar de comportamento para caber naquela expectativa, sabe?

Desde que essa brincadeira viralizou, fiquei pensando o que pode explicar seu sucesso.

Costumo dizer para meus alunos que o assunto preferido das pessoas na internet é sempre elas mesmas, e talvez esse seja um exemplo claro do narcisismo que virou regra em nossos dias (não me excluo dele, confesso).

Também pensei que pode ser um grande sinal de carência.

Estamos tão ávidos por palavras gentis a nosso respeito que supervalorizamos elogios vindos de uma inteligência artificial?

Acho importante esclarecer aqui que sou 100% a favor de as pessoas postarem o que bem entenderem em suas redes sociais (desde que não seja nada ofensivo ou infrinja as regras da plataforma, claro).

Todo mundo deve participar das modinhas que sentir vontade, por mais insuportáveis que sejam.

Até porque, né, insuportável é algo quase sempre subjetivo.

Porém, o crescimento dessa talvez sirva para a gente refletir sobre o que a IA representa nas nossas vidas.

Minha amiga pesquisadora e professora da USP Issaaf Karhawi, com quem costumo trocar ideias sobre IA, influência e afins, me enviou um vídeo muito interessante da antropóloga Izabel Accioly, de onde extraí o título deste texto (obrigado, Izabel!).

Fiquei feliz porque a Izabel, ao contrário do ChatGPT, falou coisas ótimas que poderiam ser a bênção de alguém.

📊 Informação Complementar

Transcrevo abaixo as palavras dela, para quem não conseguiu ver o vídeo que embedei.

“Talvez a pergunta mais interessante que a gente deva fazer é: por que a gente está dando ao ChatGPT o poder de dizer quem nós somos e de validar quem nós somos?

De onde vem a validação que você tanto procura?

Será que ela vem de likes vazios?

De usar o ChatGPT como uma espécie de oráculo espiritual?

Qual é o papel que a inteligência artificial está tomando na sua vida?

Pra mim, essa “trend” foi um sinal bem relevante de como estamos carentes.

Tem uma carência coletiva, e ela não vai ser sanada com a inteligência artificial, com mais conexões falsas.

E, sim, com conexões verdadeiras.

O ChatGPT não vai te dar o que você procura.”


Fonte: veja

28/07/2025 09:35

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