A greve dos rodoviários metropolitanos começou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (13) e foi encerrada no final da tarde.
Paralisação no Transporte Metropolitano Os rodoviários que atuam no transporte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e na Linha Verde declararam greve, levando à interrupção das atividades de aproximadamente 1,8 mil trabalhadores e 300 ônibus, conforme informado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários da Região Metropolitana (Sindmetro-BA).
A normalização da circulação dos ônibus na Região Metropolitana está programada para quinta-feira (14), após a categoria não chegar a um acordo durante uma reunião com os empregadores. Contudo, uma nova reunião foi agendada para o dia 26.
Empresas como Atlântico, Avanço, ATP, Expresso Vitória e Costa Verde participaram da greve, que ocorreu após 102 dias de negociação sem sucesso entre a categoria e o sindicato patronal. Os rodoviários buscavam um reajuste salarial de 11%, aumento de 20% no ticket alimentação e 100% na cesta básica, entre outras reivindicações. O sindicato relatou que os empresários ofereceram apenas um reajuste de 2,75% no salário, ticket e cesta básica, condicionando o atendimento das reivindicações ao aumento da tarifa do transporte urbano.
Catarino Fernandes, diretor de Comunicação do Sindmetro-BA, justificou as reivindicações, destacando a necessidade de atualização da cesta básica pelo preço de mercado, equiparação salarial pelas perdas da pandemia até 2023 e aumento de 20% no ticket alimentação.
O presidente do Sindicato, Mário Cleber, afirmou que, se não houver acordo, os coletivos voltarão a parar em 27 de março. Ele explicou que a recusa à proposta patronal de 4% no salário, ticket e cesta básica ocorreu após uma reunião traumática.
Impactos da Greve Na estação Aeroporto, em Salvador, a greve causou aglomeração de pessoas à espera de transportes por aplicativo e vans coletivas. A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) reforçou as linhas que atendem os terminais onde há operação do transporte metropolitano.
Em Lauro de Freitas, a Prefeitura disponibilizou uma operação emergencial com 100% da capacidade da frota da empresa que presta serviço para o transporte municipal. Foram colocados em circulação 110 microônibus da empresa Translauf e 110 veículos da Cooperlotação, prestadora de serviço complementar ao Governo do Estado.
A Prefeitura de Camaçari, através da Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STT), destacou seu empenho em garantir a mobilidade urbana, mas ressaltou a falta de competência para intervir em questões relacionadas ao transporte coletivo metropolitano, cuja regulação cabe à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).
As prefeituras de Santo Amaro, Candeias, São Francisco do Conde, Simões Filho e Madre de Deus foram contatadas, mas não responderam até o fechamento desta reportagem. A Agerba também foi procurada, mas não forneceu um posicionamento sobre a greve e o número de usuários do sistema de transporte rodoviário metropolitano.