Maduro reage aos EUA em meio a cerco naval: “Corsários”
Declaração ocorre após EUA apreenderem terceiro navio em dez dias.
Maduro não citou ação americana, mas falou em “terrorismo psicológico” atualizado Compartilhar notícia O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste domingo (21/12) que o país enfrenta uma “campanha de agressão”, que inclui “terrorismo psicológico” e “corsários que assaltaram petroleiros” venezuelanos.
O venezuelano reage em meio a um cerco dos Estados Unidos a navios petroleiros.
A terceira interceptação foi noticiada por agências de notícias nest domingo.
🧠 Especialistas Analisam metropoles
Confira:
A declaração do presidente venezuelano ocorreu por meio das redes sociais.
Em seu discurso, Maduro afirmou que a Venezuela está “preparada para acelerar a marcha da Revolução profunda”.
“A Venezuela vem denunciando, enfrentando e derrotando há 25 semanas uma campanha de agressão que vai desde o terrorismo psicológico até corsários que assaltaram petroleiros”, disse Maduro.
O ditador explicou que “corsários” eram marinheiros armados que, em tempos de guerra, recebiam autorização oficial de um governo para atacar e saquear navios inimigos, dividindo os lucros com o Estado.
🌍 Contexto e Relevância
A prática foi comum entre os séculos XV e XIX e difere da pirataria, que ocorre sem respaldo estatal.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um bloqueio contra todos os petroleiros sujeitos a sanções que entram ou saem da Venezuela.
Analistas avaliam que a medida representa uma elevação do tom das ameaças contra o regime chavista.
Entenda nova ofensiva dos EUA no Caribe venezuelano – As agências de notícias Bloomberg e Reuters informaram que a Guarda Costeira americana interceptou neste domingo (21) um terceiro petroleiro próximo à costa venezuelana.
Caso seja confirmado, será a segunda apreensão apenas neste fim de semana e a terceira em pouco mais de dez dias.
– Neste sábado (20/12), os EUA apreenderam o petroleiro Centuries.
Em 10 de dezembro, o navio Skipper também foi levado.
O petroleiro interceptado neste domingo foi identificado como Bella 1.
– As ações fazem parte da estratégia do governo Trump para pressionar o regime de Maduro.
A ofensiva inclui mobilização militar no mar do Caribe, sobrevoos no espaço aéreo venezuelano e ataques a embarcações.
– As interceptações têm como objetivo estrangular a economia da Venezuela e ampliam a escalada de tensões entre os dois países.
– Até a última atualização desta reportagem, o governo Trump não havia se manifestado sobre a nova apreensão.
Navio seguia para a Venezuela
Segundo as informações da Bloomberg, o petroleiro, nomeado de Bella 1, navegava sob bandeira panamenha e estava a caminho da Venezuela para ser carregado.
Já a Reuters afirma que a embarcação estava em águas internacionais e que a Guarda Costeira dos EUA estaria perseguindo o navio.
Um oficial ouvido pela agência disse que o petroleiro estava sob sanções econômicas, em linha com o “bloqueio total” anunciado por Trump.
Contudo, entretanto, o navio apreendido neste sábado (20) não constava na lista de sanções americanas.
📊 Informação Complementar
O governo venezuelano não se pronunciou oficialmente a apreensão deste domingo.
Em casos passados, o regime de Maduro classificou o bloqueio como “pirataria internacional”, “ameaça grotesca” e “absolutamente irracional”, além de afirmar que as ações “não ficarão impunes”.
Trump anuncia medidas contra família de Maduro
O governo Trump anunciou uma nova rodada de sanções contra familiares de Nicolás Maduro e de sua esposa, Cilia Flores.
As medidas foram divulgadas nesta sexta-feira (19/12) pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
De acordo com o governo norte-americano, os sancionados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) têm “sustentado o narcoestado desonesto de Nicolás Maduro”.
As o todo, cinco pessoas ligadas à família da companheiro de Maduro foram sancionadas.
Elas são parentes do sobrinho de Cilia Flores, Carlos Erik Malpica Flores, atingido por retaliações norte-americanas em 11 de dezembro.
A medida faz parte de uma ofensiva mais ampla contra a Venezuela e o líder chavista, que comanda o país apesar de contestações internacionais, e das acusações de possuir ligações com o tráfico de drogas — assim como de roubar petróleo dos EUA.
Fonte: metropoles
21/12/2025 18:05











