Lula recebe Haddad nesta segunda para discutir taxa de Trump Ministro da Fazenda tem elaborado propostas do governo para lidar com impactos do tarifaço anunciado pelo norte-americano Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe na noite desta segunda-feira (21), em Brasília (DF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os dois devem discutir a taxa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana retrasada a todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA.
A tarifa começa a valer a partir de 1º de agosto.
🔍 Detalhes Importantes
O governo brasileiro, por meio da Fazenda, tem estudado possíveis reações aos impactos da taxa.
Haddad deve apresentar essas medidas a Lula, que receberá o ministro no retorno de Santiago, capital do Chile, onde participa de evento em defesa da democracia.
“Temos um grupo de trabalho se preparando para apresentar [propostas] essa semana para o presidente.
🔄 Atualizações Recentes
Quais são as alternativas que temos?
Tanto em relação à Lei da Reciprocidade [recém-aprovada e regulamentada por Lula na semana passada] quanto em relação a um eventual apoio que o presidente eventualmente queira considerar em relação aos setores mais prejudicados.
Mas isso não foi apresentado ainda ao presidente Lula”, destacou Haddad nesta manhã, em entrevista a uma rádio.
💥 Impacto e Consequências
Segundo o ministro, o Executivo tem um “plano de contingência” para socorrer os setores mais afetados pela decisão de Trump.
“A pedido do presidente Lula, nós estamos desenhando os cenários possíveis, tanto da abertura de negociações por parte dos Estados Unidos, o que não aconteceu ainda, até uma resposta eventual às duas cartas que nós mandamos”, destacou, em referência às tentativas brasileiras de negociação.
“Podemos chegar no dia 1º [de agosto] sem resposta?
Esse é um cenário que nós não podemos desconsiderar neste momento.
Mas ele não é o único cenário que está sendo considerado por nós.
Então temos plano de contingência para qualquer decisão que venha a ser tomada pelo Presidente da República”, acrescentou o ministro.
Negociações
Após o anúncio de Trump, Lula determinou a criação de um comitê interministerial para discutir a tarifa.
O grupo de trabalho é chefiado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e também reúne empresários e o setor produtivo.
O trabalho do governo federal busca reverter a taxação de Trump — desde a última terça (15), Alckmin tem se reunido com os setores produtivos impactados, além de representantes do agronegócio e empresas norte-americanas.
Entre as áreas com as quais o vice-presidente tem conversado, estão indústrias de máquinas, equipamentos, aviação e calçados, além dos setores mineral e de tecnologia e de produtores do agronegócio.
Tarifaço de Trump
Em 9 de julho, Donald Trump anunciou que vai cobrar 50% de todos os itens do Brasil comprados pelos EUA a partir de 1º de agosto.
Segundo o republicano, a medida é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e à forma como o país tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além de inelegível até 2030, o ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações que envolvem o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.
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Fonte: r7
21/07/2025 18:26