Um parecer elaborado por três profissionais – uma assistente social, uma psicóloga e um psiquiatra – conclui que Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella Nardoni em 2008, apresenta um comportamento positivo e não há indicação psiquiátrica que o impeça de cumprir pena em regime aberto. O laudo, solicitado após a defesa de Nardoni requerer sua progressão para o regime aberto, aborda diversos aspectos de seu comportamento e personalidade.
Segundo as análises, Nardoni mostra consciência da gravidade das acusações contra ele, embora não tenha demonstrado arrependimento de forma explícita, pois continua negando a autoria do crime pelo qual foi condenado. Ele relata ter buscado cumprir a sentença da melhor maneira possível, participando de atividades laborais, pedagógicas e intelectuais no sistema prisional. Além disso, o laudo destaca sua calma, bom relacionamento interpessoal e nível intelectual médio compatível com a população carcerária, embora apresente problemas de saúde física, como hipertensão e questões vasculares.
Os profissionais também observam que Nardoni mantém uma postura adequada frente às regras da instituição prisional e desfruta de bom relacionamento com funcionários e colegas de cárcere. O exame psiquiátrico não identificou transtornos mentais que pudessem contraindicar sua progressão para o regime aberto, embora reconheça elementos incompletos para um diagnóstico definitivo de transtorno de personalidade.
Apesar do pedido de progressão para o regime aberto ter sido feito em abril, ainda não há um prazo definido para seu julgamento. Nardoni foi condenado a 31 anos de prisão pelo assassinato de sua filha, mas teve sua pena reduzida em 2 anos e 9 meses devido ao trabalho realizado no sistema prisional. Atualmente, ele cumpre pena em regime semiaberto. Sua ex-mulher, Anna Carolina Jatobá, condenada pelo mesmo crime, já cumpre pena em regime aberto desde junho de 2023.