EUA e China devem prorrogar pausa tarifária por mais 90 dias, diz jornal Novas taxas valeriam a partir de agosto; delegação do país asiático deve pressionar americanos para acordo sobre o fentanil Os Estados Unidos e a China devem prorrogar a trégua tarifária por mais 90 dias, disse o jornal chinês South China Morning Post em reportagem publicada neste domingo, 27.
O acordo entre as duas potências iria caducar em 12 de agosto, mas, segundo o veículo, essa suspensão deve ser estendida por mais três meses.
Esse acordo deve ser fechado durante a negociação que reúne delegações dos dois países em Estocolmo, na Suécia, nesta próxima segunda-feira, 28.
🔍 Detalhes Importantes
O país asiático tem sido um dos principais alvos das ofensivas da Casa Branca desde que o presidente americano Donald Trump, no cargo há seis meses, iniciou a guerra comercial.
Uma fonte disse ao jornal chinês que após a reunião, as duas nações se comprometerão a não impor tarifas adicionais uma à outra, nem intensificar a guerra comercial por outros meios.
Caso o anúncio seja confirmado, as tarifas devem ficar suspensas pelo menos até 12 de novembro.
📊 Fatos e Dados
Outras três fontes do jornal disseram que na próxima reunião a delegação chinesa pressionará a equipe comercial de Trump em relação às tarifas de 20% no fentanil, as quais permanecem em vigor desde a última negociação em Londres.
Essas taxas foram impostas por Washington para punir Pequim pelo baixo esforço, na visão de Trump, para impedir a exportação para os Estados Unidos de substâncias químicas usadas na produção do fentanil, uma droga sintética.
Trump fez acusações similares contra o México e o Canadá.
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O uso excessivo de fentanil é uma das principais causadas de overdose entre os americanos.
Já as demais tarifas têm previsão de valer a partir de sexta, 1º.
Trump reafirmou neste domingo, 27, que não vai adiar o início dessa nova política – o Brasil foi o mais penalizado nessa rodada de taxações, com cobrança de 50% sobre suas exportações.
A União Europeia, que tenta negociar um acordo com Trump neste domingo, foi taxada em 30%.
Relembre as negociações
As tensões entre os Estados Unidos e a China se agravaram depois que Trump anunciou suas tarifas do "Dia da Libertação" no início de abril.
A China foi o único país a retaliar imediatamente, igualando as tarifas de 34% de Trump com tarifas de 34% sobre produtos americanos.
Pequim também criou um sistema de licenciamento para restringir as exportações de sete elementos de terras raras (minerais) extraídos e processados quase exclusivamente na China.
Esses itens são usados em vários produtos importants, desde carros elétricos até bombas inteligentes.
Trump, então, respondeu aumentando as tarifas sobre produtos chineses para um mínimo de 145%, o que paralisou grande parte do comércio entre os países.
Isso levou a China a aumentar também suas tarifas, chamando as ações de Trump de "uma piada".
Após o período conturbado, autoridades dos Estados Unidos e da China se reuniram em Genebra (Suíça), em maio, e concordaram em suspender tarifas mais altas por 90 dias.
No acordo prévia feito na Suíça, Washington impôs uma tarifa-base contra os produtos chineses em 30%, no lugar dos 145%.
Já o país asiático colocou taxas de 10% sobre os produtos americanos até novo acordo ser fechado.
Fonte: terra
28/07/2025 10:10