
🧬 Avanço médico inédito: pequeno, eficaz e sem cirurgia para remoção
Cientistas desenvolveram um marca-passo biodegradável ultracompacto, menor que um grão de arroz, que pode ser implantado com uma simples seringa e ativado por luz infravermelha. A tecnologia elimina a necessidade de cirurgias invasivas e pode salvar a vida de recém-nascidos com problemas cardíacos.
A inovação foi publicada nesta terça-feira (2) na revista científica Nature.
❤️ O desafio dos bebês com problemas cardíacos
Cerca de 1% dos recém-nascidos apresenta algum defeito no coração. Em muitos desses casos, um marca-passo temporário de poucos dias é suficiente para permitir que o órgão se estabilize por conta própria.
O problema? Em áreas com acesso limitado à saúde, o tempo necessário para realizar a cirurgia tradicional pode ser fatal.
🛠️ Como funciona o novo dispositivo
A equipe liderada por Igor Efimov e John Rogers (Universidade Northwestern) criou um dispositivo que soluciona várias limitações anteriores:
🔬 Características do marca-passo:
- Tamanho: 1 mm (espessura) × 1,8 mm (largura) × 3,5 mm (comprimento)
- Ativação: luz infravermelha
- Alimentação: célula galvânica ativada por fluidos corporais
- Totalmente biodegradável: se dissolve com segurança no corpo após o uso
- Sem fios, baterias ou antenas externas
O resultado é um aparelho totalmente interno, que oferece a mesma eficácia de um marca-passo tradicional, mas sem os riscos da remoção cirúrgica posterior.
🧪 Por que ele é revolucionário?
Hoje, os marca-passos temporários exigem que eletrodos sejam costurados ao coração e conectados por fios a uma caixa externa. Depois de alguns dias, tudo isso precisa ser removido — o que traz riscos como infecções, coágulos ou hemorragias.
Esse novo dispositivo evita todos esses perigos, pois simplesmente desaparece no corpo após cumprir sua função.
🚀 Aplicações futuras: muito além do coração
Graças ao seu tamanho e versatilidade, o marca-passo poderá ser integrado a:
- Válvulas cardíacas artificiais
- Sistemas de controle de dor
- Terapias de arritmia com múltiplos dispositivos sincronizados via luz, usando diferentes comprimentos de onda.
🗣️ O que dizem os pesquisadores
“Esse é mais um passo rumo a dispositivos médicos mais inteligentes, seguros e acessíveis, que exigem menos infraestrutura médica e ampliam o alcance da saúde para regiões vulneráveis”, afirma a equipe.