Os navios encomendados pela Transpetro em 2010, no âmbito do programa de Modernização da Frota, correm o risco de não serem entregues, apesar de mais de 80% das obras já estarem concluídas. A construção foi interrompida em 2014, e o alerta foi feito pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Entre os petroleiros que podem acabar se tornando “sucata” estão o Irmã Dulce e o Zélia Gattai, que estão parados no Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Caso a Petrobras não emita uma carta confirmando uma “demanda firme” até abril deste ano, os navios Panamax poderão ser desmanchados.
“O que está em jogo é a importância desses navios para o transporte de petróleo no Brasil, compondo a frota da Transpetro”, afirmou Deyvid Bacelar, presidente da FUP. Uma reunião com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), responsável pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), está prevista para acontecer em fevereiro.
Bacelar destacou que, diante do avanço das obras e da necessidade de expandir a frota da Transpetro, é essencial concluir a construção de pelo menos um dos dois navios, o Zélia Gattai, e utilizar o Irmã Dulce como navio cisterna, atuando como tanque pulmão no Norte do Brasil.