PARIS – A França convocou o embaixador dos Estados Unidos em Paris, Charles Kushner, após seus comentários “inaceitáveis” contra o presidente francês Emmanuel Macron, acusado pelo diplomata de “falta de ações suficientes na luta contra o antissemitismo”.
“As afirmações do embaixador são inaceitáveis.
Elas vão contra o direito internacional, em particular o dever de não interferir nos assuntos internos dos Estados previsto pela Convenção de Viena de 1961, que rege as relações diplomáticas”, destacou neste domingo, 24, o Ministério das Relações Exteriores francês.
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A Casa Branca e o Departamento de Estado dos EUA não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A convocação de um embaixador é uma declaração formal e pública de descontentamento.
Em uma carta dirigida ao chefe de Estado francês obtida no domingo pela AFP, o embaixador americano expressa “sua profunda preocupação com a onda de antissemitismo na França e a falta de ações suficientes” de seu governo para combatê-la.
📌 Pontos Principais
A carta veio à tona dias depois das fortes críticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao presidente francês, a quem acusou de “alimentar o fogo antissemita” ao pedir o “reconhecimento internacional” do Estado palestino.
Na carta, datada de segunda-feira, 18, o embaixador americano expressa argumentos semelhantes aos de Netanyahu.
“Declarações que difamam Israel e gestos de reconhecimento de um Estado palestino encorajam os extremistas, fomentam a violência e colocam em perigo” os judeus na França, diz Kushner, pai do genro de Donald Trump, Jared Kushner.
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Segundo o embaixador, “não passa um dia na França sem que judeus sejam agredidos nas ruas, sinagogas e escolas sejam vandalizadas e empresas de judeus sejam atacadas”.
No final de julho, Macron anunciou que a França reconhecerá o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU em setembro.
Os atos antissemitas aumentaram na França desde 7 de outubro de 2023, dia do ataque sem precedentes do Hamas em território israelense que desencadeou a guerra em Gaza.
/ Com AP
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Fonte: estadao
25/08/2025 06:15