Filha do mergulhador que desapareceu ao realizar trabalho de sondagem do sistema rodoviário da ponte Salvador-Itaparica, Luciana de Jesus informou que ainda não tem informações de qual foi a empresa responsável pelo serviço oferecido ao profissional. Em entrevista ao Bom Dia Bahia, da TV Aratu, ela conta que o pai voltou a mergulhar para custear o curso técnico da outra filha.
“Quando perguntamos, eles desviam a informação, mas queria achar o culpado, porque tem culpado. Meu pai era experiente, o mergulho era a paixão dele. Então, perder meu pai para algo que ele amava está doendo muito”, contou Luciana.
Williams da Silva Teixeira, de 54 anos, trabalhava na sondagem do sistema. Quando o mergulhador desapareceu, o colete e os cilindros que ele usava subiram para a superfície do mar.
Nesta terça-feira (17), a empresa Belov, responsável pelo aluguel da embarcação utilizada nas atividades de sondagem no sistema rodoviário da Ponte, se pronunciou sobre o desaparecimento do mergulhador e esclareceu que não possui vínculo com os profissionais envolvidos na operação.
“O contrato da Belov com a empresa que realiza os serviços em questão é exclusivamente de afretamento (locação) de embarcação, sem o envolvimento de qualquer colaborador do nosso quadro de mergulhadores”, informou a empresa.
A Belov reforçou ainda que “os mergulhadores e demais profissionais são contratados diretamente pelo consórcio responsável pela Ponte Salvador-Itaparica. A Belov reafirma que não participa do contrato em questão, e apenas aluga a sua embarcação para o consórcio responsável pela construção da Ponte”.
Ainda ontem, a concessionária Ponte Salvador-Itaparica, responsável pela gestão do empreendimento, também se pronunciou. Em comunicado, afirmou estar adotando “todas as providências relacionadas à elucidação dos fatos que envolvem o desaparecimento do mergulhador”.