
🤖 Cada pergunta tem um custo invisível: água potável
Você sabia que fazer de 20 a 30 perguntas ao ChatGPT pode evaporar meio litro de água potável? Isso acontece porque os data centers — onde as IAs são processadas — precisam de muita energia e água para manter tudo funcionando e refrigerado.
Mesmo longe da sua tela, cada resposta consome recursos naturais preciosos.
🏢 O que são data centers?
São locais onde ficam servidores responsáveis por processar tudo o que você acessa: inteligência artificial, redes sociais, nuvem e muito mais.
💡 Esses centros precisam de:
- Muita energia para funcionar
- Água potável para resfriamento dos equipamentos
- Estrutura robusta para operação contínua
🌎 O impacto da IA na água do planeta
Um estudo na Califórnia mostrou que o ChatGPT consome meio litro de água potável a cada 20 a 50 comandos. Pode parecer pouco, mas com 400 milhões de usuários semanais, esse consumo chega a 200 milhões de litros de água por semana.
🌆 Isso seria suficiente para abastecer por um dia cidades inteiras como:
- João Pessoa (PB): 116 milhões de litros/dia
- Sorocaba (SP): 126,99 milhões de litros/dia
- Niterói (RJ): 104,29 milhões de litros/dia
💸 Brasil quer atrair data centers com isenção de impostos
O governo brasileiro, por meio do ministro da Fazenda Fernando Haddad, apresentou um plano para atrair empresas de tecnologia para o país com incentivos fiscais.
✨ A promessa:
- Redução de impostos para equipamentos e serviços
- Operações sustentáveis, aproveitando a matriz hidrelétrica brasileira
Mas especialistas levantam um alerta: será que temos água e energia suficientes para isso?
⚠️ Os riscos ambientais
O plano ainda não foi tornado público e, segundo fontes, foi discutido sem o envolvimento do Ministério do Meio Ambiente.
🛑 Preocupações levantadas:
- Risco hídrico em regiões já afetadas pela seca
- Aumento na demanda por energia e água
- Falta de estudos de impacto ambiental
💬 “Essas empresas podem causar estresse hídrico em regiões que não eram afetadas e piorar o cenário onde a água já falta.” — Anton Schwyter, Instituto Arayara
🌐 Casos extremos: EUA e Brasil
📍 EUA: Em Iowa, a Microsoft usou 41 milhões de litros de água em um mês para treinar o GPT — 6% da água do distrito.
📍 Brasil: No Rio Grande do Sul, onde já há escassez hídrica, uma empresa investiu R$ 3 bilhões em um novo data center.
⚠️ Em 2024, o país enfrentou a pior seca da história.
📊 Consumo crescente das gigantes da tecnologia
- Google (2023): 24 bilhões de litros de água
- Microsoft (2023): 12,9 bilhões de litros
- 42% da água da Microsoft veio de áreas com estresse hídrico
❓Existe alternativa?
As empresas já admitem que precisam de mais água e energia para continuar crescendo. E a previsão da Agência Internacional de Energia é assustadora:
🔌 O consumo global de energia dos data centers deve mais que dobrar até 2030.
🧠 Antes de crescer, é preciso planejar
🌱 Especialistas pedem:
- Transparência nos planos
- Participação da sociedade e órgãos ambientais
- Estudos de impacto antes da instalação de novos centros
💬 “Não dá para ignorar a crise climática. Temos 32 milhões de pessoas sem acesso à água tratada. Gestão hídrica precisa ser prioridade.” — Luana Pretto, Instituto Trata Brasil
📌 Fonte: g1 – Reportagem de Poliana Casemiro