A coreografia “May B”, de Maguy Marin, a peça “Começar tudo outra vez”, de Raquel André e Tonan Quito, “hOLD”, de São Castro e Teresa Alves da Silva, e o concerto de Hermeto Pascoal são outras propostas para os quatro últimos meses do ano, numa etapa da temporada que começa com o espectáculo “Quem vai ao mar não volta a terra”, de Giacomo Scalisi, e termina com o circo contemporâneo da companhia Gandini Juggling.
Ao todo são 39 atividades que incluem as duas estreias, quatro produções próprias, oito coproduções e sete residências artísticas, de acordo com o diretor artístico do Teatro Viriato, António M Cabrita.
“É uma temporada que se assume como uma ponte entre diferentes visões do mundo, abrindo espaço para o debate, partilha, com propostas que percorrem diferentes territórios, desde o humano ao animal, ao futuro, passado, ao utópico, distópico, natural, tecnológico, nascimento e envelhecimento”, sintetizou o responsável pela programação.
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Em conferência de imprensa, António M Cabrita disse que esta síntese e escolha de palavras são “uma forma poética de olhar para as propostas” do Teatro Viriato que também quer ser um espaço onde se possa “olhar uns para os outros com mais empatia”.
O novo ciclo arranca esta sexta-feira, dia 11, com a peça de Giacomo Scalisi que é um espetáculo culinário, “Quem vai ao mar não volta a terra”, e termina em 13 de dezembro com “Heka”, circo contemporâneo da companhia Gandini Juggling.
“É uma obra de uma companhia gigante que nos traz um espetáculo de grande rigor, de magia, com ilusionismo e que será uma forma de terminarmos esta temporada com uma lufada de ar fresco, para libertar a mente depois de uma temporada densa”, justificou.
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Pelo meio, há uma "estreia absoluta" de teatro com a peça "Empregos Modernos", do dramaturgo e ator de Manchester Chris Thorpe, com direção artística de Alfredo Martins e coprodução do Teatro Viriato.
Segundo António M Cabrita, é uma peça que liga todas as questões que se levantam sobre a humanidade, a educação e o trabalho, e “questiona o que é isto do trabalho hoje em dia, a mobilidade e da própria relação com o poder”.
"Empregos Modernos", que também conta com coprodução do Teatro-Cine de Pombal, do Teatro Municipal de Matosinhos e do S.
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Luiz Teatro Municipal de Lisboa, estará em cena na capital portuguesa de 18 a 22 de fevereiro.
Em estreia nacional está a dupla Ballaké Sissoko & Piers Faccini que, em 06 de dezembro, leva ao palco do Teatro Viriato o seu mais recente trabalho, “Our Calling”, um álbum que “atravessa continentes e tradições num diálogo profundo e cativante”.
Ainda no que diz respeito a concertos internacionais, em 08 de novembro, e já esgotado, está a atuação de Hermeto Pascoal, “uma figura lendária da música brasileira” que apresentará o álbum “Pra você, Ilza”.
No âmbito do trabalho de rede do Viriato, haverá um documentário no festival Vista Curta, do Cine Clube de Viseu, e ainda um cine concerto, com um filme que será musicado ao vivo, numa aposta de “permitir estes lugares mais analógicos, na construção ao vivo da música”.
Entre setembro e dezembro, decorrem ainda sete residências artísticas, duas delas em coprodução com o Teatro Viriato.
No caso do projeto “hOLD”, das coreógrafas São Castro e Teresa Alves da Silva, propõem uma “reflexão sensível sobre o envelhecimento como fenómeno universal, do ponto de vista físico, psicológico, social e cultural”, a partir de duas bailarinas intérpretes que se aproximam dos 50 anos.
O espectáculo também será apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em outubro.
"Começar tudo outra vez", de Raquel André e Tonan Quito, por seu lado, questiona narrativas sobre nascimento, herança, cuidado e propõe-se transformar uma mesa de jantar num ato político sobre educar.
António M Cabrita assumiu que quem assistir a todos os espetáculos propostos para esta temporada "vai dar conta que há toda uma relação dramatúrgica e até de alguma narrativa", entre eles, "e foi isso que fez sentido à equipa na preparação da programação" deste derradeiro ciclo de 2025.
Esta temporada “é original, porque tem cheiro”, tendo em conta que a equipa do Teatro Viriato e um dos parceiros/mecenas, a Amor Luso, criaram “uma fragrância inspirada nas temáticas e sugestões da nova programação” transformada num ambientador.
No termo da apresentação da programação, a vereadora da Cultura, Leonor Barata, realçou que "o financiamento da Câmara Municipal de Viseu no Teatro Viriato não é uma despesa, é um investimento e, neste caso, insubstituível".
"É um investimento não só no desenvolvimento do nosso território e na projeção que temos através do Teatro Viriato, como sobretudo porque é uma estrutura âncora que muda a comunidade onde está inserido", sustentou Leonor Barata.
A programação do Teatro Viriato poderá ser consultada no 'site' da sala de espetáculos.
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Fonte: noticiasaominuto
09/09/2025 20:25