
~Terrível só de nome mesmo
🔬 Desextinção: o que é isso?
Desextinção é o processo de tentar trazer de volta à vida espécies extintas por meio da engenharia genética. A Colossal Biosciences, empresa americana especializada em biotecnologia, anunciou que conseguiu “reviver” o lobo-terrível (Aenocyon dirus), extinto há cerca de 10 mil anos. A base utilizada foi o DNA de lobos-cinzentos modernos, com alterações genéticas para simular as características do animal extinto.
🧬 Como funciona o processo?
A técnica usada envolve a edição do DNA de espécies atuais para que se assemelhem geneticamente aos seus ancestrais extintos. No caso do lobo-terrível, os cientistas editaram o genoma de lobos-cinzentos para tentar recriar padrões semelhantes aos do animal extinto. Porém, especialistas afirmam que, até o momento, trata-se de uma aproximação, e não de uma recriação exata da espécie original.
🐺 Quem foi o lobo-terrível?
O Aenocyon dirus, conhecido popularmente como lobo-terrível, habitava a América do Norte durante a era do gelo. Embora seu nome sugira um predador monstruoso, ele era apenas um pouco maior que o lobo-cinzento moderno. O lobo-terrível media cerca de 1,5 metro de comprimento sem a calda e pesava entre 60 e 70 kg, sendo mais robusto, com mandíbulas mais fortes e dentes adaptados para triturar ossos. Sua aparência era semelhante à de um lobo comum, mas com uma musculatura mais desenvolvida e uma estrutura corporal mais pesada.

🔎 E os animais apresentados pela empresa?
Os filhotes revelados pela Colossal Biosciences causaram ceticismo na comunidade científica. De acordo com Jeremy Austin, especialista em DNA antigo, os animais não são lobo-terrível “de fato”, mas sim lobos-cinzentos modificados geneticamente. A aparência exata do lobo-terrível ainda é incerta, o que torna qualquer tentativa de recriação cientificamente limitada.
🧭 Próximos passos
A empresa promete divulgar mais dados sobre suas pesquisas, mas por enquanto a iniciativa deve ser vista com cautela. Mesmo que os avanços em biotecnologia continuem, recriar com precisão uma espécie extinta continua sendo um desafio — especialmente quando o que se conhece sobre ela vem de fósseis e DNA fragmentado.