
💸 Um grupo de estudantes de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) comprou uma prova hackeada por apenas R$ 12 via Pix. A comercialização resultou em expulsão de dois alunos e suspensão de outros 16, após investigação interna.
📲 Esquema descoberto via mensagens no WhatsApp
A investigação começou após a denúncia do vazamento da prova final da disciplina Anatomia e Fisiopatologia, do 1º semestre de 2023. A apuração revelou que um estudante invadiu o drive da disciplina, obteve a prova ilegalmente e vendeu a colegas por R$ 12, via Pix, totalizando R$ 204 recebidos.
As provas da fraude foram capturas de tela das conversas no grupo de WhatsApp, além dos comprovantes bancários do aluno que arrecadou o valor.
“A gente conseguiu a prova de amanhã”, dizia uma das mensagens no grupo.
⚖️ Justiça confirma legalidade da punição
Os alunos tentaram barrar as penalidades com uma liminar, mas a Justiça Federal negou o pedido, afirmando que:
- A punição respeitou o devido processo legal.
- Não houve ilegalidade no processo disciplinar.
- A alegação de que o material era de provas antigas não se sustentava.
A sentença destacou que a venda era claramente de uma prova que ainda seria aplicada, o que torna a conduta dos envolvidos ilegal e passível de punição.
🎓 Ufes se posiciona: “Agimos com rigor e garantimos defesa”
A Ufes afirmou que:
- O Inquérito Administrativo Disciplinar foi aberto logo após a denúncia.
- Uma comissão com quatro docentes e um estudante conduziu a apuração.
- Todos os 19 investigados tiveram direito à ampla defesa.
- A instituição “preza pela probidade” e seguirá apurando rigorosamente esse tipo de conduta.
🔐 Prova não foi aplicada, mas fraude está comprovada
Mesmo com a substituição da prova pela professora ao identificar o vazamento, a Justiça reforçou que isso não anula a gravidade da tentativa de fraude. A compra do conteúdo hackeado — mesmo não utilizado — configura violação ética grave.
👥 Situação dos alunos
- 2 expulsos: um por ter hackeado e vendido, outro por envolvimento direto.
- 16 suspensos por 90 dias das atividades acadêmicas.
- 1 inocentado: não participou da compra nem sabia da fraude.