Entenda o impacto financeiro e tributário das tarifas de Trump a produtos brasileiros Cláudio Carneiro, doutor em direito tributário, também alerta para a complexidade de revisão de contratos no mercado internacional Economia|Do R7, em Brasília RESUMO DA NOTÍCIA Produzido pela Ri7a – a Inteligência Artificial do R7 A dois dias do início do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA (Estados Unidos), setores estratégicos e o governo intensificam esforços para tentar negociar um cenário mais favorável às empresas nacionais.
Especialistas, no entanto, alertam para os impactos diretos em duas áreas cruciais: a tributária e a financeira.
Segundo Cláudio Carneiro, mestre e doutor em direito tributário e professor convidado da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), exportar para os Estados Unidos ficou mais caro — e será preciso traçar estratégias.
🧠 Análise da Situação
“Sem uma reação adequada por parte das empresas, sob o ponto de vista individual, e não apenas esperando uma resposta do governo, corre-se o risco de perder um dos principais mercados do mundo, tanto em termos de tamanho quanto de relevância internacional”, afirma.
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Carneiro ressalta que os setores mais afetados são aqueles ligados a produtos com médio e alto grau de industrialização — especialmente os itens tradicionais da pauta exportadora brasileira.
“É mais um obstáculo para as empresas, muitas das quais já operam no limite da margem de lucro.
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Nessas condições, a exportação pode se tornar inviável”, pontua.
Impactos
Tributário
Segundo o especialista, o impacto tributário é imediato e envolve o aumento da carga de impostos para a entrada dos produtos brasileiros no território norte-americano.
Isso afeta tanto as exportações diretas quanto as empresas brasileiras que vendem para suas filiais nos Estados Unidos.
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Financeiro
Do ponto de vista financeiro, o maior problema é o custo final do produto.
Isso pode gerar perda de competitividade no mercado norte-americano devido ao aumento de preço.
“Esse cenário pode levar à queda nas vendas dos produtos brasileiros nos EUA, resultando em prejuízos financeiros para as empresas — e, em casos mais drásticos, até mesmo na falência”, explica Carneiro.
Ele acrescenta que os impactos podem se estender aos trabalhadores e aos estados brasileiros que concentram cadeias produtivas voltadas para exportação.
Revisão de contratos Além disso, o professor explica que a revisão de contratos no mercado internacional é um processo bastante complexo, especialmente no que diz respeito à definição de quem deve arcar com os custos adicionais gerados pelas novas tarifas.
“Nós estamos falando de mercado internacional, não de uma cadeia produtiva interna.
E repassar esse custo ao longo da cadeia pode tornar a operação inviável.
Então temos um problema sério”, pontua.
Questionar a taxação
Carneiro destaca que é possível recorrer contra as tarifas em organismos internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), e também nas instâncias jurídicas internas dos EUA.
No entanto, segundo ele, o grande desafio é que as próprias empresas teriam de protagonizar essa reação — uma estratégia que pode gerar conflitos.
“A eficácia e a velocidade dessas medidas talvez não sejam suficientes para evitar os prejuízos que justamente se busca evitar.
Afinal, por quanto tempo uma empresa consegue suportar perdas financeiras dessa magnitude?
📊 Informação Complementar
Um mês, dois meses?
Pode ser o suficiente para levá-la à falência”, alerta.
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Fonte: r7
04/08/2025 11:40