Encontros com empresários e alto escalão do governo Trump: como Eduardo articula anistia ao pai Nos EUA, deputado alega que medida é o ‘primeiro passo’ para abrir negociações sobre o tarifaço Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA Produzido pela Ri7a – a Inteligência Artificial do R7 Enquanto em Brasília a ala política da oposição articulou, nesta semana, com maior intensidade, uma anistia geral, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) priorizou encontros com empresários americanos e membros do alto escalão do Departamento de Estado dos EUA para tratar da anistia.
Na quinta-feira (4), no segundo dia de uma série de encontros entre a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e representantes dos EUA e do setor empresarial, Eduardo foi até o hotel onde as negociações para reduzir a tarifa de 50% a produtos brasileiros aconteceram.
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A CNI alega que não convidou o parlamentar e que ele não participou das plenárias oficiais do grupo.
Já Eduardo garante que foi convidado para conversas por empresários dos EUA.
📊 Informação Complementar
Apesar de avaliarem que as negociações avançaram, membros da CNI ouviram de integrantes do governo de Donald Trump que há uma “barreira política” a ser vencida antes de os EUA recuarem no tarifaço.
A CNI ouviu que Trump “não está satisfeito”.
🧠 Análise da Situação
Na avaliação de Eduardo, apenas a anistia ampla, geral e irrestrita seria um “primeiro passo” para reabrir o diálogo entre o Brasil e Estados Unidos.
“O primeiro passo a ser dado nesse sentido é a votação de uma lei de anistia.
Se nós votarmos a anistia, eu te asseguro, com tranquilidade, a gente vai sentar na mesa.
A gente não, porque eu não estarei nessa mesa.
Mas quem quer que venha aqui negociar estará sentado numa melhor posição junto ao pessoal do governo Trump”, ressaltou.
Nos EUA desde o fim de fevereiro, o parlamentar atua na articulação junto ao governo norte-americano para a aplicação de sanções a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Brasil.
O movimento do filho de Bolsonaro envolve a divulgação de informações sobre o Brasil a membros do governo Trump O parlamentar explica que repassa reportagens da imprensa a assessores de deputados, senadores e integrantes do governo americano.
Nas palavras de Eduardo, ele e o economista Paulo Figueiredo “atualizam”, “dão a temperatura do Brasil” e levam os posicionamentos de autoridades brasileiras.
Um dos frutos da atuação dele foi a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A legislação é conhecida como “uma morte financeira” no mundo.
Encontro com subsecretário da Diplomacia dos EUA Na última quinta-feira, Eduardo e Paulo se encontraram com o subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, Darren Beattie, e o assessor sênior para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita.
Publicamente, o parlamentar não deu detalhes do encontro, mas avaliou nas redes sociais que a ação, entre outras questões, dá “esperança de dias melhores aos brasileiros”.
Anistia
Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto que estabelece o perdão aos condenados pelo 8 de janeiro.
Contudo, a oposição articula além disso: uma anistia a Bolsonaro, ou seja, um ato de perdão a qualquer condenação criminal do ex-presidente e que possibilite a ele a retomada dos direitos políticos.
Além disso, os oposicionistas pleiteiam um perdão a investigados no inquérito das fake news, que data de 2019.
Com articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o projeto ganhou apoio das principais bancadas da Câmara, como Republicanos, PP e União Brasil.
A oposição articula votar o texto após o julgamento de Bolsonaro.
O governo, que é contra a proposta, reconhece a possibilidade de o texto ser aprovado na Câmara, apesar de possíveis entraves no Senado.
Perguntas e Respostas
Qual é o foco das reuniões de Eduardo Bolsonaro nos EUA?
Eduardo Bolsonaro tem se concentrado em encontros com empresários americanos e membros do alto escalão do Departamento de Estado dos EUA para discutir a anistia, enquanto a oposição em Brasília articula uma anistia geral.
O que aconteceu durante os encontros com a CNI?
Na quinta-feira (4), Eduardo participou de negociações para reduzir tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, embora a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tenha afirmado que ele não foi convidado para as plenárias oficiais.
Eduardo, por sua vez, alegou que foi convidado por empresários dos EUA.
Qual é a posição da CNI sobre as negociações?
Membros da CNI informaram que houve uma “barreira política” a ser superada antes que os EUA reconsiderem as tarifas, e que Donald Trump não está satisfeito com a situação atual.
Qual é a proposta de Eduardo Bolsonaro em relação à anistia?
Eduardo acredita que a aprovação de uma lei de anistia ampla, geral e irrestrita seria o “primeiro passo” para reabrir o diálogo entre Brasil e EUA, afirmando que isso colocaria os negociadores em uma posição mais favorável.
Como Eduardo Bolsonaro está atuando nos EUA?
Desde o fim de fevereiro, Eduardo tem articulado sanções a ministros do STF e repassado informações sobre o Brasil a membros do governo Trump, atualizando-os sobre a situação política e econômica do país.
Qual foi um dos resultados da atuação de Eduardo nos EUA?
Uma das consequências de sua atuação foi a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, que é considerada uma “morte financeira” no cenário internacional.
Com quem Eduardo se encontrou recentemente?
Eduardo se encontrou com Darren Beattie, subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, e Ricardo Pita, assessor sênior para o Hemisfério Ocidental, embora não tenha revelado detalhes sobre as discussões.
O que está tramitando na Câmara dos Deputados?
Na Câmara, tramita um projeto que prevê o perdão aos condenados pelo 8 de janeiro, além de uma proposta de anistia a Bolsonaro, que incluiria o perdão de condenações criminais e a retomada de seus direitos políticos.
Qual é a posição da oposição e do governo sobre a anistia?
A oposição, com apoio de bancadas como Republicanos, PP e União Brasil, articula a votação do projeto após o julgamento de Bolsonaro.
O governo se opõe à proposta, mas reconhece a possibilidade de aprovação na Câmara, apesar de possíveis entraves no Senado.
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Fonte: r7
07/09/2025 08:25