Uma empresa fluminense está sendo investigada por supostamente revender carne estragada durante as enchentes no Rio Grande do Sul, em maio de 2024. A empresa, Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios, no centro-sul fluminense, cerca de 120 quilômetros do Rio de Janeiro, teria adquirido 800 toneladas de carne deteriorada de um frigorífico de Porto Alegre. Durante o leilão, foi informado que a carne seria destinada à produção de ração animal.
O esquema foi descoberto nesta quarta-feira (22), durante a Operação Carne Fraca, realizada pela Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro. Policiais civis realizaram diligências na sede da empresa e, até o momento, quatro suspeitos foram presos em flagrante, incluindo um dos proprietários da empresa, Almir Jorge Luís da Silva.
A Polícia informou que as carnes ficaram submersas pela chuva e lama durante as enchentes. O delegado Wellington Vieira declarou ao G1 que “temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração causada pela lama e pela água que se acumularam no frigorífico de Porto Alegre”.
Os pacotes de carne bovina, suína e de frango foram revendidos para frigoríficos de todo o Brasil, colocando os consumidores em risco de intoxicações graves. Durante as buscas, os policiais encontraram outros alimentos impróprios para consumo na sede da empresa.
Segundo a investigação, que contou com o apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, a operação gerou um lucro de “mais de 1.000%”, conforme informado pela Polícia Civil fluminense, “colocando em risco consumidores de todo o país”.
Os envolvidos podem ser responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com repercussão nacional. As informações são da Agência Brasil e G1.