Pensa Povo
domingo, dezembro 21, 2025
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
  • MUNDO
  • ESPORTE
  • ECONOMIA
  • POLÍTICA
  • ENTRETENIMENTO
  • JUSTIÇA
  • CURSOS
  • EMPREGOS
No Result
View All Result
Pensa Povo

Editorial: ‘É preciso atacar os incentivos econômicos e a arquitetura dos algoritmos que levam à exploração infantil’

18 de agosto de 2025
in Meio Ambiente, POLÍTICA, TECNOLOGIA
Home Meio Ambiente
0
SHARES
Share on FacebookShare on Twitter

Os congressistas brasileiros reagiram prontamente a um vídeo no qual um influenciador digital denunciou explorações variadas de crianças nas redes sociais.

Trinta e dois projetos foram protocolados na Câmara até o início da semana passada, somando-se a outros que já tramitavam na Casa, compondo um largo mosaico de iniciativas destinadas ao tema abordado no vídeo: a chamada “adultização” da infância e da adolescência, termo razoavelmente novo usado para descrever um velho problema, isto é, quando crianças e adolescentes são conduzidos a papéis, estéticas e responsabilidades próprias da vida adulta, como cuidar de irmãos, trabalhar cedo e serem submetidos à erotização precoce.

RELATED POSTS

Pode ser doloroso para alguns, mas é hora de reconhecer: a internet Millennial está morta

Remoção de ficheiros do caso Epstein “não tem a ver com Donald Trump”

Diante desse rol de propostas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), acertadamente decidiu criar um grupo de trabalho com deputados e “notáveis”, que discutirão ações legislativas.

🧠 Análise da Situação

Não é improvável que muitos dos parlamentares que apresentaram propostas tenham tentado aproveitar a oportunidade para surfar na onda deixada pelo influenciador e sua repercussão.

Faz parte do jogo.

Mas é imprescindível que um debate qualificado ajude a filtrar o que é oportunismo indesejável e o que é oportunidade bem-vinda.

🔄 Atualizações Recentes

Assim como o vídeo do influenciador, boa parte dos projetos se concentra na responsabilização pela erotização e exploração sexual infantil.

O vídeo detalhou, de forma didática, a forma com que algoritmos das plataformas alimentam a rede de pedofilia e descreve o que muitos especialistas já vêm alertando há bastante tempo: o uso da internet por crianças, a exibição de imagens sem controle e o caldeirão de riscos que as redes sociais significam, um fenômeno que abre as portas para vícios em pornografia e para o desenvolvimento de transtornos em crianças e adolescentes.

As iniciativas legislativas são relevantes, mas a maioria ainda parece focada no que Alexandre Schneider, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, chamou, em artigo publicado no Substack, de “pós-fato” – ou seja, na punição apenas do conteúdo, sem considerar o processo que levou à publicação.

📌 Pontos Principais

É evidente que é preciso punir os responsáveis pelo dano, mas o ideal seria, em suas palavras, “regular a máquina antes que o dano ocorra”.

Um dos projetos que tentam escapar disso é o Projeto de Lei 2.628/2022, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que avança no controle parental obrigatório, em mecanismos de denúncia, na verificação de idade e previsão de multas.

Em síntese, exige uma atuação ativa das empresas e facilita o acompanhamento pelas famílias.

Assim seja.

Há, como se sabe, um vício punitivo nacional, especialmente em momentos de comoção popular – uma tendência amplificada ainda mais num contexto de discussão sobre a regulação das redes sociais.

O risco, portanto, é concentrar-se em demasia na sanção e numa abordagem meramente punitiva das chamadas big techs, sem atacar as causas sistêmicas: os incentivos econômicos e a arquitetura dos algoritmos.

A legislação da União Europeia é um bom exemplo de soluções mais estruturais.

Lá, o Digital Services Act define que as plataformas são obrigadas, por exemplo, a proibir publicidade direcionada a menores com base em seus dados, oferecer um feed não personalizado como alternativa ao fluxo algorítmico, avaliar anualmente os riscos sistêmicos que seus serviços criam, inclusive sobre a saúde mental, e garantir mais transparência sobre o funcionamento dos seus sistemas de recomendação.

Não são poucas as forças malignas a operar no ambiente digital: a necessidade de ser visto (transformando a performance diante da câmera numa obsessão), o reforço social gamificado (em que curtidas, comentários, seguidores e “selos” viram chancela de aceitação) e o seu uso para ganhar dinheiro (ou, no jargão das redes, a monetização de conteúdos).

Some-se a isso a erotização, o assédio e o aliciamento, especialmente entre meninas, e tem-se em mãos um produto que não só amplia a vulnerabilidade infantil como encurta o tempo de brincar.

É o que o pediatra Daniel Becker classifica como a “amputação da infância”, uma forma pedagógica de mostrar a perda de um período que não volta no tempo – uma anomalia ainda mais perturbadora quando vemos crianças transformadas em mercadorias.


Fonte: estadao

18/08/2025 11:38

ShareTweet

Related Posts

Pode ser doloroso para alguns, mas é hora de reconhecer: a internet Millennial está morta

by Iago
21 de dezembro de 2025

Em 2026, os membros mais novos da geração Millennial se tornarão trintões. É um marco que sinaliza para os nascidos...

Remoção de ficheiros do caso Epstein “não tem a ver com Donald Trump”

by Iago
21 de dezembro de 2025

Pelo menos 16 ficheiros desapareceram no sábado do portal do Departamento de Justiça onde estão os documentos relacionados com Jeffrey...

Editorial: ‘Sobrenome que impulsiona Flávio Bolsonaro também lhe transfere alta rejeição, prejudica a direita e ajuda Lula’

by Iago
19 de dezembro de 2025

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pode até ter se animado com o principal dado da mais recente pesquisa Genial/Quaest. Ungido...

TCU vê indícios de precipitação em liquidação do Master e dá 72h para BC se explicar

by Iago
19 de dezembro de 2025

TCU vê indícios de precipitação em liquidação do Master e dá 72h para BC se explicar Em despacho, ministro do...

Haddad diz que deixa governo até fevereiro, mas futuro depende de Lula

by Iago
18 de dezembro de 2025

Haddad diz que deixa governo até fevereiro, mas futuro depende de Lula e admite mudança no arcabouço Segundo ministro da...

Next Post

The Economist: Como encontro entre Trump e Zelenski pode se tornar um novo fiasco

Sem citar Magnitsky, Dino diz que lei de outro país não vale no Brasil

TRENDING

Brasil

Pode ser doloroso para alguns, mas é hora de reconhecer: a internet Millennial está morta

21 de dezembro de 2025
Ciência

A nova droga mais perigosa que o fentanil que ameaça a Filadélfia – e o mundo

21 de dezembro de 2025
Brasil

Vasco e Corinthians decidem o campeão da edição de 2025; siga ao vivo

21 de dezembro de 2025
Brasil

Médico cita expectativa para que cirurgia de Bolsonaro ‘ocorra o quanto antes’

21 de dezembro de 2025
Internacional

EUA interceptam terceiro navio perto da Venezuela em meio à pressão sobre Caracas

21 de dezembro de 2025
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
No Result
View All Result
  • Inicio
  • POLÍTICA
  • MUNDO
  • TECNOLOGIA
  • SAÚDE
  • ECONOMIA
  • ENTRETENIMENTO
  • SEGURANÇA
  • JUSTIÇA
  • Carnaval
  • VIDA E ESTILO

© 2024 Pensa Povo.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este site, você está dando consentimento para o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.