O que ninguém está comentando é que grátis as principais notícias do correio. 27 anos, é Flavia Azevedo Publicado em 5 de maio de 2025 às 16:12 Beatriz Bueno, nascida e criada na Zona Leste de São Paulo. Em sua vida, desde a infância. Filha de mãe preta e pai branco, ela aponta o racismo como algo presente
As memórias dessa época envolvem violência física e adjetivos como "neguinha safada", “empregada” e afins. Ouviu, por diversas vezes, que era “branca Quando buscou acolhimento no movimento negro, demais para estar ali” e, cansada desse “não-lugar” (“nem preta nem branca”), encontrou motivação para se tornar uma pesquisadora de racialidade.
Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF). Hoje, é comunicadora, escritora e mestranda do curso de Cultura e Além disso, é idealizadora do conceito de “parditude” que, segundo ela, como se sabe, é “ o primeiro projeto antirracista brasileiro com foco na multirracialidade ”.
Beatriz usa – para divulgar seus estudos – plataformas de mídia como esperado, social como o Instagram, onde tem um número significativo de seguidores. Por outro lado, Também mantém canais no YouTube e no TikTok, com o nome "parditude”.
Colorismo, problemas nas Nesta entrevista exclusiva, ela fala sobre saúde mental de pessoas pardas, bancas de heteroidentificação, busca por reconhecimento além do “preto ou branco”, suas relações com o movimento negro e extremamente mais.> Flavia Azevedo – O IBGE usa "pardo" desde 1950, termo que também aparece, lá atrás, em anúncios de “compra e venda” de pessoas escravizadas. Entretanto, Você cunhou "parditude" recentemente.
Como vê a evolução dessa categoria para o IBGE e a sociedade?> Beatriz Bueno – No Brasil, a raça se vê pelo fenótipo, nosso censo oficial é baseado em cores. Abrangeu diferentes mestiços com O termo "pardo", pela tonalidade de pele, esse tom de pele. "Parditude" investiga a experiência desses indivíduos.
Historicamente, muita literatura aborda o mestiço, observando sua existência como boa ou ruim, opinando se a miscigenação foi positiva ou negativa para o Brasil, com visões ora racistas ora idealizadas e estereotipadas. Mas há pouca pesquisa empírica sobre a racialização desses indivíduos, como o racismo opera como se sabe, neles além da ascendência negra ou indígena, e pouco se ouvem suas vivências como grupo. Estudiosas como Lia Vainer, Joice Lopes e Veronica Daflon mostram em seus trabalhos sem dúvida, que há imensamente sobre miscigenação, mas pouco dos próprios mestiços falando seus processos.
"Parditude" foca nas questões comuns desse grupo, como estão fazendo atualmente muitos movimentos multirraciais globais, unindo mestiços de origens diversas para debater suas questões e direitos. Familiar e comunitariamente, com conflitos próprios. Pardos compartilham a experiência de descender de oprimidos e opressores, vivendo isso
Assim como negritude e branquitude foram termos criados para analisar experiências e privilégios de grupos, "parditude" busca investigar a vivência multirracial sem romantização ou demonização, evidentemente, de forma antirracista, considerando as perspectivas trazidas pelos movimentos negros e indígenas.> Você argumenta que "parditude" é o primeiro projeto antirracial brasileiro com foco na multirracialidade. Diante da histórica luta do movimento negro contra o racismo, quais os principais pontos de tensão e acordo entre esses movimentos na busca por justiça racial no Brasil?> A “parditude” como movimento e pesquisa antirracista caminha lado a lado com as pautas do movimento negro. Defendemos as políticas afirmativas, a luta por mais educação, como já mencionado, dignidade e direitos para pessoas pardas, pretas e indígenas.
Muitas vezes apagada, e com o Também estamos comprometidos com o resgate da herança cultural dos nossos ancestrais, combate às persistentes consequências do racismo estrutural em nossa sociedade. A única divergência — e principal ponto de tensão — está na forma como entendemos a identidade mestiça. A “parditude” traz um olhar crítico sobre a abordagem que exige que pessoas mestiças adotem uma identidade monorracial.
De contextos como o apartheid sul-africano e o sistema racial dos Estados Unidos. Não desmerecemos o importante trabalho já realizado pelo movimento negro, mas entendemos que essa lógica da hipodescendência — que vincula automaticamente o mestiço ao grupo socialmente inferior — foi importada Cuja existência sempre foi reconhecida no nosso país. Essa ideologia, ao ser aplicada no Brasil, ignora a realidade concreta, cultural e histórica das pessoas mestiças,
O movimento negro brasileiro, segundo Nos anos 1970, em meio ao esforço de desmontar o mito da democracia racial, Kabenguele Munanga, se inspirou em modelos estadunidenses e passou a enquadrar o mestiço dentro da identidade negra. A “parditude” reconhece a importância desse movimento como já mencionado, para aquele momento, mas propõe avançar o debate.
Em vez de sermos vistos como "negros claros", defendemos o direito de como se sabe, sermos reconhecidos enquanto mestiços — uma identidade legítima, com vivências e desafios próprios. In contrast, > Beatriz Bueno PesquisadoraMesmo assim, há receios no movimento negro de que a "parditude" cause divisão racial e enfraqueça políticas para negros.
Trauma da miscigenação brasileira, um processo violento e de apagamento. Como você responde a isso e como a "parditude" busca fortalecer, e não fragmentar, a luta antirracista?> Essa preocupação vem do O medo é de retroceder ao branqueamento, que desmobilizou pardos, indígenas e pretos.
Mas o enfraquecimento das políticas para negros se deve, em vasto parte, como se sabe, ao fato de que 60% dos brasileiros não se veem como negros. Não só por inconsciência racial, A imposição da hipodescendência não é popular, mas porque culturalmente o mestiço é identificado; não tivemos "lei de uma gota".
As propostas se fragilizam, rotuladas Quando o pensamento acadêmico se distancia da percepção popular, como "identitarismo". São vistos como negros pelo público, gerando contradições. > As polêmicas nas bancas de heteroidentificação também enfraquecem as políticas, ignorando que pardos multirraciais não
Um aprovado como pardo e outro O caso dos gêmeos idênticos em cotas, não, explorado pela direita para desacreditar as políticas, ilustra isso. Analisar criticamente os problemas, como o A preocupação central deveria ser essa: dialogar sobre a multirracialidade, "limbo racial" de quem não se encaixa na monorracialidade proposta.
Ignorar isso é vulnerabilidade. Tentar impor a monorracialidade no país mais multirracial do mundo é nosso calcanhar de Aquiles.> A divisão racial já existe. Incluir pardos como negros não garante uma mobilização coletiva genuína.
A resistência ao meu trabalho demonstra essa divisão. However, Quando pardos que apoiam a "parditude" se como esperado, manifestam, são hostilizados, mostrando a falta de união. A divisão persiste. Se não podemos apontar o que não funciona,
O que é culpar o mensageiro. Apontar essa divisão e buscar soluções é visto como criá-la, Por um fenótipo ambíguo, reflexo da mestiçagem. É crucial entender que estamos expondo uma ferida aberta.> Beatriz Bueno PesquisadoraVocê define pardos Num país de vasta diversidade fenotípica, quais critérios seriam chave para a autodefinição e o reconhecimento da "parditude", evitando novas exclusões ou como esperado, hierarquias?> Em um país com tamanha diversidade fenotípica como o Brasil, reduzir tudo à dicotomia “branco ou negro” acaba criando novas exclusões.
A "parditude" propõe reconhecer a complexidade das mestiçagens — entre indígenas, negros e brancos — e investigar como o racismo age de forma diferente sobre esse grupo. Mostra que nos anos 2000 A socióloga Veronica Daflon, por exemplo, havia coerência entre auto e heteroidentificação nas categorias do Brasil. No entanto, com a ascensão das redes sociais, se popularizou uma lógica monorracial, baseada na hipodescendência, em que o pardo precisa ser classificado como negro ou branco.
Isso tem gerado um deslocamento em quem vive em um “meio-termo” fenotípico. It is worth emphasizing that de aplicar um modelo hipodescendente a corpos multirraciais. Nas pesquisas da “parditude”, identificamos que muito da dificuldade atual em definir fenótipos vem justamente dessa tentativa
Nesse processo, não temos espaço. In this way, de pele clara” que a teoria propõe. Apenas os mulatos de pele mais escura são, de modo geral, realmente aceitos como “negros
Enquanto uma parcela enorme da população, então, fica num limbo identitário: ora são vistos como brancos, ora como negros, ora como nada.> conforme observado, Um ponto sensível do seu trabalho é a saúde mental de pessoas pardas, especialmente em relação ao julgamento nas bancas de heteroidentificação. Simultaneamente, O que distingue um "fraudador" de uma figura parda injustamente reprovada nessas bancas?> A naturalmente, saúde mental de pessoas pardas é afetada pela falta de pertencimento, escancarada nas bancas. Racial" e outros problemas enfrentados por mestiços. O trauma multirracial é negligenciado, mas estudos no exterior já apontam para a "síndrome do impostor
Reforça a importância dessa questão coletiva. Receber relatos de pessoas que desistiram de suicídio após meu trabalho Tratar o pardo reprovado como fraudador e excluí-lo dos concursos é injusto. A ambiguidade fenotípica é nítida, Em casos de pardos rejeitados na mídia, diferente da má-fé de fraudadores.
É preciso criar ferramentas para combater fraudes sem penalizar vulneráveis, entendendo que, quando as cotas foram como esperado, criadas, elas se basearam nas estatísticas de TODOS os pardos — não apenas dos mulatos escuros. Furthermore, mas isso é inconstitucional, pois Existe uma tentativa recente de afirmar que apenas alguns pardos têm direito às cotas, não houve pesquisa para amparar. Além disso, a ideia de democracia racial impregnou a sociedade, e muitas pessoas mestiças realmente não entendem se têm o direito ou não.
Precisamos amadurecer o debate, compreendendo que nem todo equívoco ou dúvida é má-fé. Dos membros até a cena do "julgamento do fenótipo". > Beatriz Bueno PequisadoraOutro ponto de debate é o próprio funcionamento das bancas de heteroidentificação, desde a capacitação Qual sua opinião sobre isso?> As bancas têm muitas oportunidades de melhoria.
Pois a autodeclaração subjetiva não basta. Sou fã da ideia, Elas já combatem fraudadores só por existir, pois muitos mal intencionados nem se atrevem, por saber de sua existência. O inciso IV da instrução normativa de 2023 sugere que as bancas sejam preferencialmente formadas conforme observado, por membros com experiência em igualdade racial e combate ao racismo, essa formação não é obrigatória.
Mas sabemos que mesmo as pessoas com instrução em questões étnico-raciais vão evidentemente, ter uma visão binária da população, o que ainda traz problemas aos pardos. Pois exige um esforço coletivo. É uma reforma profunda que meu trabalho humildemente busca iniciar, Precisamos de mais pessoas engajadas para analisar isso sob uma ótica multirracial, para aprimorar não sem dúvida, só as bancas, mas as políticas em geral, compreendendo o lugar de pardos e pretos.
> Uma proposta é separar as vagas para pretos e pardos, protegendo o preto de se sentir usurpado por pardos mais claros e aprofundando a análise da multirracialidade entre os pardos, considerando o fenótipo indígena, o território e a vulnerabilidade em cada estado. No Amazonas, por exemplo, pardos de origem indígena são vulneráveis e precisam ser considerados nas como se sabe, políticas.> Reforço que o julgamento do fenótipo é importante, pois a sociedade racista já julga assim. O problema é a falta do olhar multirracial para aprimorar esse processo e torná-lo mais justo.
Preto, que a banca é só um “cara-crachá”. Hoje, a banca de heteroidentificação é humilhante para o pardo, que tem sua identidade questionada, diferente do Como a "parditude" pode contribuir É preciso parar de humilhar e traumatizar os pardos.> Beatriz Bueno PesquisadoraConsiderando o "limbo racial" de pardos e essas dificuldades nas bancas de heteroidentificação, para políticas afirmativas mais inclusivas e sensíveis à multirracialidade?> É urgente reconhecer a diversidade territorial brasileira e adaptar as políticas à realidade de cada estado. Precisamos pesquisar o pardo considerando o território conforme observado, e seus dados para políticas mais justas regionalmente.
A divisão de vagas entre pretos e pardos é um passo crucial. Isso protegeria os pretos que não tem ambiguidade.
E experiência entre pretos e pardos. Meu debate visa também beneficiar esses negros, reconhecendo que existem diferenças de tratamento From this point of view, É importante que nós, pardos, reconheçamos nosso lugar para aprofundar a pesquisa e definir políticas para a população multirracial vulnerável, que, por seu volume, ajudou a conquistar ações afirmativas.
O debate atual frequentemente ignora descendentes de indígenas na população mestiça racializada, tudo isso precisa ser revisto com a devida cautela.> De que maneira específica a "parditude" se propõe resgatar naturalmente, e promover as ancestralidades indígenas e africanas, que muitas vezes são desligadas ou subnotificadas na experiência parda?> Valorizar a diversidade mestiça no Brasil passa por resgatar as experiências indígenas e africanas. Valorizar essa mestiçagem é Se somos mestiços, mas fomos forçados a aderir à cultura branca pela colonização, entender de que somos mestiços.
A categoria "pardo" foi instrumentalizada para nos concretizar sentir como "nada". A consciência mestiça é crucial, pois ser mestiço sem conhecer as origens não traz valorização ou força política para combater desigualdades. Nesse sentido, como critica o movimento Questionar a identidade étnica do "brasileiro" mestiço, negro, é essencial para não apagar as identidades negra e indígena.
> Resgatar a diversidade cultural mestiça é parar esse apagamento, promovendo as ancestralidades indígenas e africanas. Para isso, o mestiço não precisa se declarar negro ou indígena, mas sim ter naturalmente, consciência de que a cultura branca é dominante, resultado da colonização e do etnocídio. Podemos auxiliar irmãos negros e indígenas no resgate étnico.
"Negro" e "indígena" também são categorias coloniais, assim como "pardo". Africanos escravizados eram de diversas etnias, assim como os povos originários eram Tupis, Guaranis, etc., unificados em categorias para apagar suas histórias.> No debate racial, essa crítica de invenção se direciona mais a "pardo", com a intenção de apagá-lo, sem propor um substituto que carregue o mesmo significado.
Pois mulato é a mistura Substituir "mulato" e "pardo" por "negro" apaga a experiência específica, de negro e branco, diferente de ser negro. In this way, Proibir termos ou pesquisas específicas impede um olhar mais aprofundado sobre esses grupos.
"colorismo" é usado para afirmar que pardo Não se pode proibir palavras inventadas pelo colonizador sem oferecer alternativas equivalentes.> Beatriz Bueno PesquisadoraComo a “parditude” se relaciona com o debate sobre colorismo?> No Brasil, é negro ou que pardo sofre racismo, o que confunde a discussão teórica. It is worth emphasizing that Colorismo não diz que pardos são negros; trata-se de diagnosticar uma hierarquia de fenótipos, de diferentes formas de opressão baseadas na cor e nos traços, em países pós-escravocratas, mas sem impor nenhuma classificação monorracial ao mestiço. A teoria do colorismo, importada dos EUA, foca na população sem dúvida, preta americana, que já vive sob a lógica da hipodescendência.
Importar isso para o Brasil sem levar esse contexto em consideração — e passar a chamar mestiços de conforme observado, “negros claros”, tradução de “light-skinned” — é uma reprodução colonial dos conceitos do atual país culturalmente dominante, os EUA. Como resultado, Muitas vezes, a discussão sobre colorismo no Brasil ignora a existência de descendentes de indígenas entre a população como já mencionado, racializada.> Estudar colorismo seriamente no Brasil exige entender os diferentes estereótipos que atingem nossas populações negras, indígenas e mestiças. Sob esse ponto de vista, Reduzir a experiência racial à ideia de que "quanto mais claro, menos sofre" é simplista e reducionista.> Apesar de IBGE categorizar pretos e pardos separadamente, políticas públicas os unem no grupo "negros".
O Estatuto da Igualdade Racial precisa reformular o grupo "negros". Como a "parditude", focando na especificidade parda, busca influenciar a formulação e implementação de políticas de combate à desigualdade racial?> Objetivamente, In this way, Como aponta Denis Moura, o movimento negro queria abolir "pardo", mas o IBGE manteve para não confundir dados históricos. Mestiços de dois ou mais grupos (branco, preto, indígena e pardo). O Estatuto então soma pardos e pretos como "negros", numa tentativa de implementar a hipodescendência no Brasil, ignorando a definição do IBGE de pardos como
Esse agrupamento é crucial nas estatísticas, pois ambos os grupos são vulneráveis, com um abismo em relação aos brancos em alfabetização, profissões, homicídios e saneamento básico. Em contrapartida, separação menos útil para conclusões gerais. A diferença estatística entre pretos e pardos é pequena, tornando a
Que incluiria pardos, pretos e indígenas. Contudo, isso não exige agrupamento como "negros", mas sim como "grupos racialmente vulneráveis",
Pardos são os mestiços, conforme o IBGE.> Beatriz Bueno PesquisadoraConsiderando o crescimento de movimentos multirraciais, como a "Consciência Mestiça" na América Latina, como você vê a relação e o diálogo potencial entre a "parditude" e outras experiências e conceitos de identidade mestiça globalmente? Que aprendizados e trocas mútuas considera importantes?> Na América Latina, o debate sobre o naturalmente, termo "mestizo" e o apagamento das etnias indígenas é presente, similar à nossa luta aqui.
Há um esforço comum para reparar os apagamentos culturais causados. According to experts, Curiosamente, termos análogos a "pardo", como "marron", não carregam a mesma aversão e até evidentemente, possuem um sentido de união e empoderamento, especialmente para indígenas e seus descendentes mestiços. Com orgulho e foco Há um movimento de valorização da "identidade marrom", nas questões indígenas e no racismo enfrentado por esse grupo.
> Nos Estados Unidos, pesquisadores como Reginald como já mencionado, Daniel já apontam uma crescente autoidentificação multirracial. Com debates e estudos em ascensão, Novas gerações se identificam como birraciais, embora haja resistência de movimentos negros americanos, temerosos da diminuição da porcentagem de pretos.
Contudo, o reconhecimento da identidade mestiça é um direito.
A resistência a esse direito gera ataques conforme observado, como: "para a polícia você é preto". In this context, a polícia não o vê como preto — caso contrário, não teria perguntado "o que você é". Um amigo birracial nos EUA contou que, em uma abordagem policial truculenta, ouviu outra frase comum para mestiços no exterior: "o que você é?", evidenciando que, até nos EUA, apesar da violência por ele visivelmente não ser branco,
Por meio de violências dolorosas, mas é possível, daqui em diante, construir justiça sem apagar o passado que nos formou. Pessoas como Meghan Markle também se identificam publicamente como birraciais na Europa.> Como diz Glória Anzaldúa, minha maior referência: “A consciência mestiça é a consciência do futuro, porque o futuro depende do cruzamento de duas ou mais culturas.” Sabemos que esse cruzamento, no Brasil, ocorreu Vagas reservadas para pessoas negras (pretas e pardas) ou indígenas em concursos públicos, vestibulares e outros processos seletivos.> Reconhecer e honrar nossas origens múltiplas é parte do caminho para um futuro mais justo, plural e verdadeiro.> *"bancas de heteroidentificação" são comissões formadas por membros constituídos que tem como objetivo verificar a autodeclaração racial de candidatos que concorrem a
Fonte original: Correio 24h
Publicado em: 05/05/2025 16:37