Dá vergonha ouvir o que os principais operadores da política externa brasileira falam do presidente Lula para baixo.
Visões distorcidas pelas lentes ideológicas, análises erradas, interpretações equivocadas, alianças furadas, preconceitos e provocações irracionais, tudo vem à tona sem filtros.
O motivo é conhecido: o ódio aos Estados Unidos e o alinhamento do Brasil ao bloco antagônico.
🔄 Atualizações Recentes
Atenção, não uma visão pragmática ou crítica da grande potência do Norte, mas antiamericanismo infantil.
É o oposto de ter uma política independente: a nossa diplomacia é dependente da ideia de que os Estados Unidos são inimigos, não um país com quem compartilhamos princípios democráticos, apesar de atritos quando interesses comerciais nem sempre se alinham.
A compilação a seguir mostra momentos constrangedores.
📊 Fatos e Dados
Os leitores podem julgar.
“Israel vem dizer que é antissemitismo.
Israel precisa parar com esse vitimismo e saber o seguinte: o que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um Exército matando mulheres e crianças”, Lula, no começo de junho, dizendo que as Forças israelenses procuram deliberadamente a morte de inocentes, não dos terroristas do Hamas.
📌 Pontos Principais
“Comprar briga com Trump obedece à síndrome de conseguir uma desgraçada de uma manchete”
“Você fica estimulando o cara e ele fica se achando o máximo.
Ele fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido uma conversa séria com ele.
‘Ô, cara, você é um bom artista, um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer’ ”, idem, em março, numa das várias ocasiões em que deixou transparecer inveja pelo protagonismo que Volodymyr Zelensky assumiu na defesa da Ucrânia.
“Um voo, um avião comercial, não havia no momento à disposição”, Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, sobre a presteza do Uber FAB no resgate da ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, condenada por corrupção, à qual foi concedido asilo.
“Agora, temos o envolvimento dos Estados Unidos.
Acho que não estava nos cálculos que o Irã pudesse revidar a Israel e aos EUA.
Não sei o que Trump vai fazer, mas, considerando o julgamento que eles costumam fazer, eu, honestamente, espero o pior”, Celso Amorim, líder supremo de Lula para política externa, prevendo gravíssima crise no momento em que a guerra acabou e o Irã se deu por satisfeito ao encenar um ataque telegrafado com antecedência.
“Para humanistas de todo mundo, incluindo políticos, líderes empresariais, acadêmicos e defensores dos direitos humanos, o respeito à autoridade moral do presidente Lula é indiscutível”, do Itamaraty, em resposta a artigo da The Economist.
Nada mais subdesenvolvido do que responder a jornalistas estrangeiros.
📊 Informação Complementar
“Nesse mundo conturbado, em que temos presidente de uma nação do tamanho dos EUA, que deveria primar pelo discurso, pensar o que falar, ser menos internet e mais chefe de Estado.
E o que vemos todo dia na imprensa?
A necessidade de uma desgraçada de uma manchete”, Lula, um dia depois de Trump conseguir o cessar-fogo entre Irã e Israel.
Comprar briga — desnecessária — com Trump é um jeito fácil de açular reações que insuflarão patriotadas.
Além de, infelizmente, obedecer à síndrome de conseguir uma desgraçada de uma manchete.
Publicado em VEJA de 4 de julho de 2025, edição nº 2951
Fonte: veja
07/07/2025 12:19