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Deportação aprofunda violência doméstica contra brasileiras nos EUA, diz pesquisa

19 de junho de 2025
in Ciência, Internacional, Segurança
Home Ciência
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Deportação aprofunda violência doméstica contra brasileiras nos EUA Ler resumo da notícia A onda de deportações conduzida pelo governo de Donald Trump vem deixando uma consequência direta para milhares de mulheres imigrantes brasileiras: a violência doméstica. É o que aponta pesquisa do projeto Entre Fronteiras. O alerta foi feito ao governo brasileiro, depois que coletivos de mulheres brasileiras imigrantes em Nova York, especialistas e organizações da sociedade civil reuniram dados que apontaram para o fenômeno da violência de gênero entre as imigrantes. Muitas não podem sair de casa, temendo serem presas, enquanto outras temem fazer denúncias e, ao se apresentarem, serem deportadas por estar de forma irregular no país. Nas últimas semanas, prisões de estrangeiros estão ocorrendo em tribunais, delegacias e mesmo hospitais. Uma das consequências tem sido a desaparecimento de denúncias de vítimas que, diante de sua situação de irregularidade, temem serem presas ao se apresentar suas queixas diante das autoridades. Segundo um levantamento com 200 mulheres brasileiras residentes nos Estados Unidos, 34% das entrevistadas afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica, seja ela física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. A pesquisa que foi apresentada ao governo brasileiro foi conduzida pelo projeto Entre Fronteiras, voltado especialmente para brasileiras que vivem fora do país e que atua ao lado do Coletivo Mulheres da Resistência no Exterior. Idealizado por Luciana Kornalewski, Patrícia Ramos, Júlia Poletine, Larissa Curado, Letícia Lima e Patricia Oliveira, um encontro em março ainda reuniu lideranças comunitárias, representantes institucionais e especialistas para discutir a situação das imigrantes. De acordo com o levantamento, o resultado “evidencia como o ciclo de violência se intensifica no exterior, onde as vítimas enfrentam barreiras linguísticas, isolamento social, dependência econômica e medo da deportação, fatores que tornam a denúncia ainda mais difícil”. “A situação da mulher brasileira imigrante se complicou nos EUA”, disse ao UOL a pesquisadora e ativista Luciana Kornalewski. “Elas estão cada vez mais vulneráveis. Há indícios de que a violência doméstica aumentou significativamente em nossa comunidade”, alertou. “Essa crise que estamos enfrentando, o medo e as perseguições estão abalando os relacionamentos de diversas formas. A partir de relatos em grupos de brasileiras e da organização Mantena Global Care, que atende a comunidade brasileira em Newark, muitas brasileiras estão tendo sua situação imigratória usada para serem controladas e abusadas por seus parceiros”, denunciou a pesquisadora. “Muitas são chantageadas e ameaçadas, e estão com muito medo de deixar a relação, de denunciar e de procurar profissionais de saúde. Elas têm receio de serem detidas e deportadas, o que as impede de buscar ajuda. Além disso, temem que seus parceiros, que são os pais de seus filhos, também possam ser deportados, aumentando ainda mais sua vulnerabilidade”, completou. Medo de deportação é obstáculo para denúncia Uma das conclusões do estudo se refere aos obstáculos para as denúncias. Ao serem questionadas sobre qual foi a maior dificuldade encontrada durante o processo de denúncia da violência, as mulheres apontaram para a dependência financeira, o medo de represálias ou da deportação, a barreira linguística, e a falta de informação sobre os próprios direitos e o funcionamento do sistema legal norte-americano. No estudo, uma das entrevistadas afirmou que “muitas vítimas não conhecem seus direitos ou o processo legal, o que gera insegurança sobre como proceder.” “Esses relatos evidenciam que a violência doméstica, no contexto da migração, é agravada por um ambiente de isolamento e desinformação, no qual as vítimas se sentem perdidas, vulneráveis e, muitas vezes, desacreditadas”, indicou o coletou. Mapa da violência Os dados ainda revelam um “quadro alarmante” de múltiplas violências sofridas por mulheres imigrantes brasileiras nos Estados Unidos. Entre as entrevistadas que relataram ter sido vítimas, a violência psicológica aparece como a forma mais recorrente, presente em 97% dos casos, indicando que o abuso emocional é uma constante nas relações abusivas vividas por essas mulheres. A violência moral também é expressiva, afetando 64,7% das vítimas, muitas vezes manifestada por meio de humilhações, ameaças e insultos que minam a autoestima e a autonomia das mulheres. Em seguida, a violência patrimonial atinge 44,1% das mulheres que são vítimas, o que inclui o controle dos recursos financeiros, destruição de bens ou retenção de documentos, aspecto particularmente sensível no contexto migratório. O levantamento ainda indica que a violência física foi relatada por 42,6% das entrevistadas e a violência sexual por 25%, “números que evidenciam a gravidade da situação e a frequência de agressões diretas ao corpo e à integridade física das vítimas”. “É importante destacar que muitas mulheres sofreram mais de uma forma de violência simultaneamente, o que aprofunda o sofrimento e dificulta o rompimento com o ciclo abusivo. Essa sobreposição de violências demonstra que os abusos não são isolados, mas parte de um padrão contínuo de controle e dominação, com impactos severos sobre a saúde mental, física e social das vítimas”, disse. Outro dado preocupante é a subnotificação. Para a pesquisadora Letícia Lima, o número real de vítimas pode ser ainda maior, já que muitas mulheres não se reconhecem como vítimas ou têm medo de compartilhar suas experiências. A avaliação do estudo é que muitas das mulheres que optaram por falar com as pesquisadores já alcançaram certo grau de estabilidade migratória, o que pode torná-las mais expostas ou mais dispostas a relatar essas situações. “Essa etapa da vida costuma coincidir com relações conjugais mais longas, que, com o tempo, podem sofrer desgastes emocionais e comportamentais, favorecendo o surgimento ou agravamento de episódios de violência”, diz o estudo. “Além disso, é comum que essas mulheres tenham filhos dependentes, o que torna o rompimento do ciclo da violência ainda mais difícil. Soma-se a isso a carga mental e emocional relacionada à adaptação migratória, à sobrecarga de trabalho e às expectativas de sucesso no país de destino, fatores que podem intensificar as tensões no ambiente doméstico”, destaca. Frequência da violência Quando questionadas sobre a frequência com que experienciaram os diferentes tipos de violência, os dados revelam um padrão de recorrência preocupante. Cerca de 33,7% das mulheres afirmaram ter sofrido violência com frequência, enquanto 10,3% relataram que os abusos ocorriam de forma constante, ou seja, sempre. “Esses números evidenciam que a violência doméstica vivenciada por mulheres imigrantes brasileiras não é, em sua maioria, um evento isolado, mas sim uma prática repetida que se manifesta em ciclos, com intensidade e frequência variadas”, alerta. “O dado mais alarmante é que quase metade (44%) das vítimas vivenciaram os abusos de maneira frequente ou constante, o que reforça a urgência de políticas de prevenção, proteção e apoio contínuo para essas mulheres”, disse. Para o grupo, a pesquisa acende um alerta urgente: “a violência doméstica atravessa fronteiras, mas a resposta à dor dessas mulheres precisa ser concreta”. “É urgente a formulação de políticas públicas que garantam apoio efetivo às mulheres imigrantes, oferecendo condições reais para que elas possam romper o ciclo da violência com segurança e dignidade”, defendem. Diante desse cenário, o Projeto Entre Fronteiras pediu ao governo ampliar o acesso a informações em português, oferecer suporte psicológico e jurídico gratuito, promover campanhas educativas nas comunidades brasileiras e criar canais de denúncia seguros e culturalmente sensíveis. Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Fonte: UOL

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