Algumas unidades já foram paralisadas para manutenção ou colocadas em estado de hibernação.
No primeiro bimestre deste ano, as unidades de fabricação de produtos químicos no Brasil alcançaram o maior nível de ociosidade dos últimos 30 anos. De acordo com dados do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), o setor operou a 64% da sua capacidade instalada, dois pontos percentuais abaixo da média do mesmo período de 2023. Parte desses produtos é produzida por empresas localizadas na Bahia. Entre os grupos de produtos químicos de uso industrial, destacam-se as ociosidades de intermediários para fertilizantes (39%), intermediários para plásticos (40%), intermediários para fibras sintéticas (79%) e intermediários para plastificantes (60%). Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, alerta para os riscos de operar com tão baixa carga no setor, mencionando que algumas empresas já paralisaram atividades para manutenções preventivas e outras consideram hibernar plantas.
Por outro lado, as importações aumentaram expressivos 6,3% nos dois primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as exportações caíram 1,04%, evidenciando a dificuldade do setor em competir com produtos importados e encontrar alternativas no mercado externo. Este cenário é preocupante, pois as importações não contribuem para a geração de empregos ou renda localmente.
Em um caminho diferente, a Abaeté Linhas Aéreas está investindo na aviação regional na Bahia, aumentando sua equipe, transporte de passageiros e abrindo novos destinos. Héctor Hamada, CEO da Abaeté, destaca a demanda como uma oportunidade, mas lamenta que os investimentos em fomento se concentrem principalmente em rotas domésticas e internacionais.
Os planos para criar um clister dedicado ao desenvolvimento da Economia do Mar estão avançando, aproveitando a extensa costa da Bahia e sua infraestrutura portuária. Além disso, Feira de Santana receberá um Centro de Excelência em Zootecnia, visando capacitar mão de obra para o mercado regional.