O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) já eliminou 2,4 mil depósitos e focos do Aedes Aegypti em Salvador durante a campanha Verão Sem Mosquito. No balanço parcial da operação, iniciada no último dia 19 de setembro, os agentes encontraram focos em 36 imóveis e coletaram 59 amostras.
Nesta semana, as equipes do órgão intensificaram o combate ao mosquito transmissor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika no cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. Além de áreas como essas, a mobilização ocorrerá nos próximos dias em pontos estratégicos como canteiros de obras, ferros-velhos, borracharias, pontos de coleta de material reciclado e também nas repartições públicas.
O Verão Sem Mosquito acontecerá até março de 2025. Nesse período, as temperaturas ficam mais elevadas e acontecem períodos chuvosos, características propícias para proliferação e circulação mais intensa do mosquito na capital baiana.
A iniciativa ocorre de forma semelhante a edições anteriores. Entretanto, neste ano, por conta das eleições, a ação foi antecipada para setembro, de forma que as equipes de campo pudessem inspecionar os locais das zonas eleitorais, principalmente escolas.
ESTRATÉGIA
O combate ao Aedes funciona a partir das inspeções zoossanitárias para identificação, tratamento ou eliminação de depósitos e, se necessário, de aplicação de inseticida residual onde foi verificada a presença do vetor. As equipes do CCZ também percorrem os diversos bairros que compõem os distritos sanitários da cidade, orientando a população sobre como identificar e combater o mosquito transmissor.
“Durante o período, é dada ênfase a algum tipo de imóvel ou localidade, principalmente naqueles onde há grande circulação de pessoas. A população pode ajudar no combate ao mosquito fazendo a busca por possíveis criadouros nos seus imóveis, pelo menos uma vez por semana, eliminando depósitos. A população deve também cobrir os depósitos de água ou eliminá-los, não deixar lixo exposto, limpar ralos e calhas.
Além disso, é possível informar casos suspeitos ou imóveis abandonados com focos, através do Fala Salvador 156″, explica a sanitarista bióloga Lucrécia Lopes, subcoordenadora da Coordenadoria de Ações de Controle de Arboviroses (Sugarbo-CCZ).
As equipes do CCZ estão distribuídas em todos os distritos sanitários, sendo formadas por agentes de combate às endemias, em um efetivo de aproximadamente 1,1 mil profissionais.