A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, caraterizou o encontro de Homan com os agentes secretos, em 2024, como uma tentativa do governo do ex-Presidente Joe Biden de “prender um dos principais aliados e apoiantes do Presidente (Trump), alguém que eles sabiam muito bem que iria assumir um cargo no governo”.
“A Casa Branca e o presidente apoiam Tom Homan a 100% porque ele não fez absolutamente nada de errado e é um servidor público corajoso que fez um trabalho fenomenal ao ajudar o Presidente a fechar a fronteira”, disse Leavitt.
A MSNBC noticiou no sábado que Homan tinha aceitado o dinheiro durante um encontro no ano passado com agentes secretos que se faziam passar por empresários em busca de contratos governamentais.
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Homan, que já tinha exercido funções no primeiro governo de Trump, terá sugerido que poderia ajudar os supostos empresários a obter contratos num segundo mandato.
Duas pessoas familiarizadas com a investigação confirmaram, sob anonimato, os detalhes à Associated Press.
O Departamento de Justiça da administração Trump, que encerrou a investigação após a tomada de posse do novo Presidente, disse que o assunto foi “submetido a uma revisão completa”, sem que as autoridades tenham encontrado “qualquer prova credível de qualquer irregularidade criminal”.
📊 Fatos e Dados
Sem apresentar provas, a Casa Branca qualificou a investigação do governo de Biden como politicamente motivada.
“Os recursos do Departamento [de Justiça] devem manter-se focados em ameaças reais ao povo norte-americano, e não em investigações infundadas”, afirmaram o diretor do FBI, Kash Patel, e o procurador-geral adjunto, Todd Blanche, em comunicado justificando o encerramento da investigação.
Leavitt insistiu hoje numa conferência de imprensa que Homan "nunca pegou nos referidos 50 mil dólares", embora não tenha explicado o que queria dizer.
🔍 Detalhes Importantes
A revelação gerou novas preocupações sobre a interferência política em assuntos do Departamento de Justiça, numa altura em que os apelos de Trump para processos judiciais contra os seus adversários estão a testar a longa tradição de independência da procuradoria no que diz respeito a decisões de acusação.
Trump intensificou no fim de semana a sua campanha de pressão sobre o Departamento de Justiça, pedindo publicamente à procuradora-geral Pam Bondi que prosseguisse com os processos contra a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, o ex-diretor do FBI James Comey e o senador democrata Adam Schiff.
O senador democrata Chris Murphy disse à ABC News que atualmente "existem apenas dois padrões de justiça" no país: "Se for amigo do Presidente, um leal ao Presidente, pode safar-se de quase tudo…
mas se for um adversário do Presidente, pode acabar na cadeia".
“Veja-se o que aconteceu a Tom Homan (…) que aceitou literalmente um saco de dinheiro – 50 mil dólares – e a investigação foi arquivada assim que Trump se tornou Presidente”, disse Homan passou a ser investigado pelo Departamento de Justiça depois de um alvo de uma investigação separada ter sugerido que estava a solicitar subornos, disse uma das fontes que confirmou à AP os detalhes da investigação.
Uma porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, disse que Homan "não esteve envolvido em nenhuma decisão de atribuição de contratos".
“Esta investigação descaradamente política, que não encontrou provas de atividade ilegal, é mais um exemplo de como o Departamento de Justiça de Biden estava a usar os seus recursos para atingir os aliados do Presidente Trump em vez de investigar criminosos reais e os milhões de imigrantes ilegais que inundaram o nosso país”, disse Jackson em comunicado.
Homan tem sido uma figura-chave das políticas restritivas da imigração e dos esforços de deportação, tendo na primeira administração Trump desempenhado as funções de diretor interino do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE).
Pouco depois da vitória presidencial de Trump, em novembro de 2024, o presidente anunciou que Homan iria atuar como "czar da fronteira" no novo governo.
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Fonte: noticiasaominuto
22/09/2025 18:05