Um grupo de pessoas jogou pedras no candidato presidencial boliviano Andrónico Rodriguez, de 36 anos, na saída de um centro de votação, em meio a empurrões e gritos.
O candidato do partido de esquerda Aliança Popular votou em uma escola na cidade de Entre Ríos, na região de Cochabamba.
Essa foi a mesma escola em que um cartucho de dinamite havia sido detonado nas proximidades, sem causar danos ou feridos.
🔄 Atualizações Recentes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia, Oscar Hassenteufel, afirmou que o ataque contra Rodríguez não afetou o processo eleitoral.
‘Herdeiro de Evo’
Andrónico Rodríguez, conhecido como “herdeiro de Evo Morales”, é o atual presidente do Senado.
Depois de cumprir o serviço pré-militar, aos 16 anos, ele se mudou para a capital do departamento para estudar Ciências Políticas na Universidade Mayor de San Simón de Cochabamba.
🧠 Análise da Situação
O candidato faz parte da nova geração de líderes camponeses e emergiu como uma figura nacional diante do vazio de poder que havia no bloco popular após a queda de Morales em 2019.
Ele chegou a integrar o Movimento ao Socialismo (MAS)- legenda na qual Morales governou a Bolívia durante três mandatos -, mas rompeu com o ex-presidente e o partido.
De acordo com as pesquisas de opinião, Rodríguez aparece na quarta colocação e não deve ir ao segundo turno.
📌 Pontos Principais
Crise
Os bolivianos chegam ao dia da votação com uma crise econômica e escassez de combustível, que começou em 2014 com a queda na produção de gás e petróleo no país.
O preço dos combustíveis no país segue baixo devido a uma política de subsídios que custam US$ 3 bilhões por ano, enquanto receitas com a venda de gás natural – a maior fonte econômica da Bolívia – despencou por causa da queda do preço no mercado internacional.
Esses fatores têm levado a Bolívia a uma diminuição de suas reservas internacionais e ao aumento do déficit fiscal.
A inflação do país também aumentou.
Segundo a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o índice este ano é de 15,1% – o pior desde 2008.
Saiba mais
O cenário oferece à oposição a melhor chance de vitória eleitoral na Bolívia desde que Evo Morales venceu pela primeira vez, em 2005 – de lá para cá, Morales dominou toda política boliviana, mas foi impedido de disputar estas eleições pela Justiça eleitoral.
Se as pesquisas se confirmarem, o segundo turno pode ser disputado por dois candidatos de direita: Samuel Doria Medina, da chapa de direita Aliança pela Unidade, e Jorge “Tuto” Quiroga, do Liberdade e Democracia./com AP
Fonte: estadao
17/08/2025 18:47