Brics apoia ‘Bolsa de Grãos’ para frear aumento no preço de alimentos e diminuir risco de desabastecimento Plataforma de comercialização prevê maior troca de produtos agrícolas; líderes também defendem ações para combate à fome Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília A Declaração do Rio de Janeiro, documento final da 17ª Cúpula do Brics, apoia a criação de uma “Bolsa de Grãos”.
A iniciativa, de ideia russa, é voltada para facilitar o comércio agrícola entre países do grupo e pode reduzir a dependência do dólar em transações.
A modalidade é apresentada como uma alternativa para frear o aumento no preço dos alimentos e garantir o abastecimento de grãos, o que poderia diminuir riscos da falta de produtos agrícolas.
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“Enfatizamos a importância de assegurar a segurança alimentar e nutricional, bem como de mitigar os impactos da volatilidade aguda dos preços dos alimentos e de crises abruptas de abastecimento, incluindo a escassez de fertilizantes”, diz trecho da declaração.
A expectativa é que a proposta fortaleça a cooperação entre os integrantes do Brics e estabilize os mercados, para garantir acesso a alimentos e insumos agrícolas essenciais.
O documento ainda não detalha a forma de funcionamento do comércio agrícola, mas prevê que as etapas continuem em discussão e sejam ampliadas futuramente para outros produtos agrícolas.
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“Apoiamos a continuidade das discussões sobre políticas nacionais e sobre coordenação internacional que contribuam para aumentar a disponibilidade, acessibilidade, utilização, estabilidade e acessibilidade econômica de alimentos, bem como de insumos relevantes para a agricultura e a produção de alimentos no Brics e em outros países em desenvolvimento — incluindo aqueles que reforcem as capacidades nacionais de resposta a interrupções no abastecimento, como os sistemas nacionais de reservas alimentares”, aponta o documento.
A intenção do bloco é, futuramente, expandir a proposta para outras commodities agrícolas, além dos grãos.
Em circunstâncias excepcionais de escassez de suprimentos ou picos agudos nos preços dos alimentos que afetem um país membro do Brics, as iniciativas de cooperação podem facilitar respostas emergenciais e a gestão de desastres naturais.
💥 Impacto e Consequências
As reações, no entanto, devem ser guiadas pelas prioridades nacionais e em conformidade com as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O texto explicita que nenhuma das medidas de cooperação ou resposta emergencial deve resultar em práticas comerciais desleais ou em violações das normas do comércio internacional.
O objetivo principal a guiar a iniciativa deve ser o de apoiar a segurança alimentar e nutricional, inclusive por meio da solidariedade internacional.
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Em outras frentes, líderes também citam preocupação com a insegurança alimentar e apontam a redução de gastos militares como uma alternativa para maiores investimentos internacionais.
“Expressamos preocupação com os conflitos em curso em diversas partes do mundo e com o atual estado de polarização e fragmentação da ordem internacional.
Manifestamos apreensão diante da tendência atual de aumento crítico dos gastos militares globais, em detrimento do financiamento adequado para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento”, aponta outra parte da declaração.
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Fonte: r7
06/07/2025 16:50