Brasil tem semana decisiva para negociar tarifaço; força-tarefa inclui de políticos a empresários Taxação de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros começa a valer nesta sexta-feira Brasília|Do R7, em Brasília RESUMO DA NOTÍCIA Produzido pela Ri7a – a Inteligência Artificial do R7 Começam a valer nesta sexta-feira (1º) as tarifas de 50% impostas pelos EUA (Estados Unidos da América) sobre produtos brasileiros.
A medida ameaça setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio, a indústria farmacêutica e a de dispositivos médicos.
Desde o anúncio do presidente Donald Trump, em 9 de julho, o governo federal, junto ao setor privado, iniciou uma mobilização diplomática para tentar reverter a imposição.
🔄 Atualizações Recentes
Uma comitiva de oito senadores embarcou nesse sábado para tentar dialogar com empresários e políticos norte-americanos.
Carlos Viana (Podemos-MG), um dos parlamentares que compõe o grupo, afirma que uma das estratégias será voltada para o adiamento das tarifas.
A viagem ficará restrita a conversas, sem entrar no campo de negociações, conforme ficou acordado entre políticos e o Itamaraty.
🔍 Detalhes Importantes
Desde a criação do comitê pelo governo para discutir sobre os impactos das tarifas, o vice-presidente Geraldo Alckmin — presidente do grupo — se reuniu com mais de 120 líderes empresariais.
Ao todo, foram realizadas 12 reuniões em quatro dias de rodadas oficiais com a presença de executivos de grandes companhias, presidentes de entidades setoriais e dirigentes de federações da indústria.
O objetivo dos encontros é colher dados técnicos, alinhar posições e preparar uma reação coordenada do Brasil às medidas protecionistas do governo de Donald Trump.
📊 Fatos e Dados
Leia mais
Alckmin afirmou que diálogos com os Estados Unidos ocorrem “de forma reservada”.
Contudo, não informou quem tem comandado as conversas do lado norte-americano.
O vice-presidente também não revelou se o governo dos EUA respondeu às tentativas de contato feitas pelo Brasil em busca de negociação.
Guerra tarifária seria arriscada, avaliam especialistas
Para o economista Fabio Ongaro, o Brasil não pode entrar em disputa ideológica e pessoal.
O ideal, neste momento, é investir no diálogo.
“O Brasil precisa adotar uma postura de firmeza pragmática: mostrar que tem canais diplomáticos ativos e capacidade de negociação, mas sem escalar retoricamente o conflito”, afirma.
O especialista ressalta que Trump usa tarifas como “parte de sua narrativa política doméstica” e que apresenta baixa disposição para negociação, mas já recuou em ocasiões em que percebeu danos colaterais à indústria.
A economista Carla Beni, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), destaca que o Brasil é internacionalmente reconhecido pela postura aberta ao diálogo.
“Essa é a primeira questão.
Mesmo quando falamos da Lei da Reciprocidade, o primeiro patamar da lei é o diálogo.
O segundo é acionar os organismos internacionais.
Só o terceiro é definir, com o comitê, quais seriam as medidas comerciais — e aí, sim, as retaliações a serem aplicadas”, explicou.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo.
Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
Fonte: r7
28/07/2025 09:35