1 de 1 Jair Bolsonaro em manifestação Avenida na Paulista.
Vestido de azul, ele segura um microfone – Metrópoles – Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (29/6), durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, foram um “movimento orquestrado pela esquerda”, e chamou o processo por tentativa de golpe de Estado, pelo qual está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), de “fumaça de golpe”.
Com o slogan “Justiça Já”, contra os julgamentos de bolsonaristas no STF, a manifestação deste domingo foi a 6ª convocada por Bolsonaro desde que ele deixou a Presidência da República, no fim de 2022.
Também foi o ato que reuniu o menor número de apoiadores: 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da Universidade de São Paulo (USP).
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Em cima do caminhão de som na Paulista, ao lado de políticos aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro enumerou uma série de episódios que, na visão dele, desmontam a tese de tentativa de golpe após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Ele afirmou que fez uma “transição pacífica elogiada por Geraldo Alckmin [vice-presidente]” no fim de 2022, que nomeou dois comandantes das Forças Armadas a pedido de Lula antes de deixar o cargo, e que até o atual ministro da Defesa, José Múcio, já descartou em entrevista ter havido uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.
35 imagens 1 de 35 Esta é a sexta vez que Bolsonaro convoca apoiadores para a ruas desde que deixou a Presidência da República, no fim de 2022 Fábio Vieira/Especial Metrópoles 2 de 35 Jair Bolsonaro com os filhos Renan, Flávio e Carlos Fábio Vieira/ 3 de 35 Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão Fábio Vieira/Especial Metrópoles 4 de 35 Apoiadores do ex-presidente se reúnem em São Paulo, neste domingo (29/6), em manifestação contra o julgamento da trama golpista no STF Fábio Vieira/Especial Metrópoles 5 de 35 Jair Bolsonaro em manifestação Avenida na Paulista Fábio Vieira/Especial Metrópoles 6 de 35 O slogan do ato é “Justiça Já” Fábio Vieira/Especial Metrópoles 7 de 35 Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo “Nomeamos dois comandantes de força a pedido desse cara que está no governo agora.
Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor?
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No dia 30, algo me fez sair do Brasil.
Não era apenas para não passar a faixa?
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Jamais eu passaria a faixa para um ladrão.
Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”, disse Bolsonaro.
Na sequência, o ex-presidente prosseguiu falando do 8 de janeiro.
“Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda.
Lula não estava em Brasília.
No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer.
Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram.
Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram”, completou o ex-presidente.
Sem citar nomes, o ex-presidente criticou o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a atacar as penas dadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, e disse que “me processam por uma fumaça de golpe”.
“Se alguém quebrou alguma coisa que pague.
Agora, julgar e prender por baciada, isso não existe no nosso ordenamento jurídico”, afirmou o ex-presidente.
“Que arma foi apreendida?
Busquem as polícias legislativas da Câmaras e do Senado.
Nenhuma arma foi apreendida além de um estilingue e umas bolinhas de gude.
Que tentativa armada é essa?
Golpe se dá com forças armadas, com armamento, com o núcleo financeiro, com núcleo político, com apoio de instituições inclusive fora do Brasil.
Que golpe é esse, meu Deus do céu?” Mobilização popular Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão.
Neste domingo (29/6), foram 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor da USP
Em 25 de fevereiro do ano passado, o ex-presidente levou 185 mil pessoas à Avenida Paulista.
Em 6 de abril deste ano, 44,9 mil pessoas foram à última manifestação, em São Paulo – uma redução de 75%.
No período entre os dois atos, ainda houve outros três protestos de aliados de Bolsonaro.
Em 21 de abril, o monitor da USP mediu 32,7 mil pessoas em um ato em Copacabana.
Já no Dia da Independência do ano passado, 7 de setembro, 45,4 mil pessoas estiveram na Paulista.
No dia 16 de março deste ano, 18,3 mil pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Fonte: metropoles
29/06/2025 19:58