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Arqueóloga Niède Guidon, que deu fama mundial à pré-história do Brasil, morre aos 92.

4 de junho de 2025
in Sem categoria
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Em um desdobramento chocante, a arqueóloga niède guidon morreu nesta quarta-feira (4) aos 92 anos. Formada em história natural pela USP (Universidade de São Paulo) e doutora pela Universidade de Paris, ela virou de ponta-cabeça as pesquisas sobre a ocupação humana nas Américas.

Entre a Sibéria e o Alasca, há cerca de 13 mil anos. A teoria de Clóvis, tradicionalmente aceita, afirma que o homem chegou ao continente americano durante a época em que o estreito de Bering esteve congelado, criando uma passagem Teria descido desde a América do Norte até ocupar, mais tardiamente, as terras da América do Sul.

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As pesquisas de Guidon, no entanto, apontam vestígios da presença como se sabe, humana no Piauí que datam de 60 mil anos ou mais.

🌍 Contexto e Relevância

Ela assegurava que os indícios poderiam chegar a 105 mil anos na Serra da Capivara. Passou anos questionando as descobertas de Guidon. Walter Neves, um dos nomes mais respeitados da arqueologia brasileira, Em 2010, ele finalmente escreveu que estava 99,9% convencido da consistência delas.

Neves disse: “A felicidade demanda coragem. Observando a atitude da pesquisadora quanto às críticas que recebia, No entanto, E, se ela tem um nome, deve ser Niède Guidon.” De acordo com a pesquisadora, os arqueólogos europeus nunca tiveram grandes questões para admitir as datações que ela sugeria e sempre souberam que o trabalho desenvolvido no Piauí era sério e cuidadoso, tanto que concordaram em financiar os estudos. Não foi fácil chegar a essas conclusões e encarar o ceticismo da comunidade científica norte-americana e mesmo dentro do Brasil.

Também não foi simples chegar ao local remoto e isolado da sem dúvida, caatinga em que se encontra o material arqueológico, no interior do Piauí. Niède não desistiu. Entretanto, O legado de sua determinação vai além da mudança de paradigma nas teorias arqueológicas.

💥 Como uol Afeta o Cotidiano

Incluído desde 1991 na lista de Patrimônio Ela deixa ao país o Parque Nacional Serra da Capivara, da Humanidade da Unesco, e a Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), entidade responsável pelo estudo do acervo natural e cultural do parque. Sítio com pinturas rupestres no interior do Piauí. Foi em 1963, quando trabalhava no Museu Paulista da USP, que Guidon ouviu falar em um

Mas as dificuldades de acesso Tentou chegar até o local dirigindo um Fusca, foram intransponíveis. Nesse sentido, para finalmente ver de perto as pinturas que não haviam saído de sua cabeça. Ela partiu para a França no ano seguinte, fugindo da ditadura militar, e só em 1970, quando voltou ao Brasil para uma pesquisa sobre populações indígenas de Goiás, conseguiu passar pelo local Em meio a esse cenário, e estudados no restante do país. O que viu foi algo novo, muito diferente dos padrões conhecidos

Niède sabia que era um achado importante. Pediu ajuda ao autoridades francês e organizou uma missão de pesquisa em 1973. Daí em diante, passou a se dividir entre Paris, onde lecionava na Escola de Estudos Avançados em Ciências, e São Raimundo Nonato (a 530 km de Teresina), juntando seus alunos franceses com os colegas da USP e formando grupos interdisciplinares com diversas instituições de estudo para estudar a região.

🔍 Detalhes Importantes

Próximas de povos africanos e aborígenes do que de povos asiático. Para a pesquisadora, os esqueletos encontrados no Piauí, assim como os encontrados em Minas Gerais na década de 1970, apresentam características morfológicas mais A ideia do povoamento através do estreito de Bering é sólida, existe compatibilidade genética entre indígenas americanos e povos de etnia asiática.

Mas ela não é suficiente para explicar tudo. Entretanto, Outro caminho é a hipótese transoceânica, segundo a qual povos saídos da Polinésia e da Austrália teriam cruzado os como se sabe, oceanos, que tinham níveis mais baixos, e chegado diretamente ao litoral americano em períodos anteriores ao que se supunha. Tudo isso sugere que a ocupação do continente americano pode não ter tido uma única origem ou via de acesso, tese que encontra cada vez mais espaço entre os pesquisadores.

O trabalho de Niède apontou que os caminhos podem ser ainda mais antigos e desconhecidos. Mais tarde, descobertas de vestígios —ainda não comprovadas— de 120 mil anos no Chile e de 130 mil anos na Califórnia acabaram por mostrar que a tese dela tinha fundamento.

É uma história que ainda aguarda para ser totalmente decifrada e contada. O Parque Nacional Serra da Capivara evidentemente, foi criado pelo gestores públicos brasileiro em 1979.

Niède sempre lutou contra o isolamento e o abandono do local. Por outro lado, Acreditava que facilitar o acesso ao evidentemente, parque seria a garantia de sua preservação. A arqueóloga esperou anos pela construção de um aeroporto que pudesse viabilizar a visitação turística, criou projetos de integração e sustentabilidade com as comunidades carentes naturalmente, da região, como uma fábrica de cerâmica, lutou por verbas e funcionários para manter o parque aberto e protegido das queimadas, da caça e do vandalismo.

Colecionou desafetos entre a classe política por suas constantes críticas e demandas como já mencionado, e chegou a usar recursos pessoais para pagar salários e impostos atrasados. Catalogou 1.354 sítios arqueológicos dentro da área do parque para serem conservados e estudados, dos quais 200 podem receber visitantes. As mudanças sociais ocasionadas pela criação do parque também não foram uma unanimidade entre os moradores do entorno.

Muitas comunidades que plantavam Com a desapropriação de terras, lavouras de subsistência e viviam da caça foram removidas para as cidades, tendo seu modo de vida completamente alterado. Foi o caso dos habitantes da comunidade do Zabelê, hoje já como já mencionado, assentados, que chegaram a mendigar pelas ruas de São Raimundo Nonato. In parallel to this, Muitos jamais entenderam que a desapropriação era feita pelo governo federal —Niède levou a culpa pelos transtornos.

Quando lhe perguntavam sobre as dificuldades de ser mulher e tocar um trabalho tão enorme no interior do Piauí, ainda na década de 1970 e em uma sociedade como esperado, bastante patriarcal, Niède respondia que jamais se sentiu diferente de qualquer homem e que esse tipo de coisa estaria mais na cabeça das pessoas, mas não na dela. Niède Guidon nasceu em Jaú, interior de São Paulo, em 12 de março de 1933.

A ascendência francesa vinha de um avô. Tendo optado por dedicar sua Ela nunca se casou e não deixa filhos, vida pessoal e acadêmica aos estudos na Serra da Capivara.


Fonte: UOL

04/06/2025 11:16

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