Aliados de Tarcísio apostam em “cortina de fumaça” de Flávio Bolsonaro Interlocutores do governador de SP, Tarcísio de Freitas, acreditam que Flávio Bolsonaro (PL) presidenciável acalma os ânimos no fim do ano atualizado Compartilhar notícia O anúncio de que Jair Bolsonaro (PL) escolheu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para concorrer à Presidência da República em 2026 arbitrou uma disputa familiar, entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e os filhos do ex-presidente, e encurralou outros presidenciáveis da direita, em especial o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Mesmo assim, aliados do governador acham que é muito cedo para dizer os reais efeitos da pré-candidatura do filho 01 do ex-presidente.
As declarações claudicantes de Flávio geraram a impressão de que a decisão é frágil.
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Após o anúncio de que concorreria a presidente, o senador carioca disse que haveria um “preço” para desistir da disputa, e menos de 24 horas depois, afirmou que a decisão era “irreversível”.
Segundo pessoas próximas ao governador, o anúncio pode servir como “cortina de fumaça” e evitar que Tarcísio “tome pancada” da oposição e até de aliados interessados no espólio político dele em São Paulo.
O nome de Flávio no holofote acalmaria os ânimos de uma disputa pela sucessão no Palácio dos Bandeirantes, pelo menos até as primeiras semanas de janeiro.
🌍 Contexto e Relevância
Interlocutores dizem que Tarcísio deve ainda articular com dirigentes partidários do Centrão, que não escondem a preferência pelo governador de São Paulo na cabeça de chapa presidencial, sobre quais devem ser os próximos movimentos dele e do grupo.
No sábado (6/12), durante agenda no interior de São Paulo, o governador passou o dia em conversas no telefone.
Nessa segunda-feira (8/12), Tarcísio rompeu o silêncio e se manifestou pela primeira vez sobre a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro.
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Disse que manterá a lealdade a Bolsonaro, declarou apoio a Flávio, mas afirmou que outros candidatos da centro-direita vão colocar seus nomes no páreo, como os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), e Ratinho Júnior (PSD-PR).
“Ele disse, o Flavio, da escolha que o Bolsonaro fez pelo nome dele.
E é isso.
O Flávio vai contar com a gente.
Ele tem uma grande responsabilidade a partir de agora, ele se junta a outros grandes nomes da oposição”, disse Tarcísio.
Até o momento, a pré-candidatura de Flávio animou o “bolsonarismo raiz”, que compõe a base de Tarcísio no governo paulista, mas não agradou caciques do Centrão e boa fatia do empresariado e do mercado financeiro, que também prefere o governador paulista — na sexta-feira, após o anúncio de Flávio, o preço do dólar disparou e a Bolsa de Valores caiu 4%.
Líderes de partidos da centro-direita, principalmente do União Brasil e Progressistas, que queimaram pontes com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora não admitam publicamente, querem se ver livres da família Bolsonaro e teriam em Tarcísio a melhor opção para conquistar os votos bolsonaristas, sem ficarem reféns das mudanças repentinas de rota da família Bolsonaro.
Negociação para anistia
O primeiro objetivo do movimento presidenciável de Flávio é a negociação pela soltura do pai.
Parlamentares de direita ouvidos pelo Metrópoles avaliaram que o pior cenário seria o ex-presidente preso na Papuda, o que não ocorreu, e o melhor cenário seria Bolsonaro elegível nas próximas eleições, o que dificilmente irá se concretizar.
Embora Flávio tenha colocado a elegibilidade do pai como “preço” da desistência de sua candidatura, ele não fechou a questão e estaria aberto para negociar, diz um aliado.
Segundo esse interlocutor, o filho 01 do ex-presidente se contentaria com uma prisão domiciliar de Bolsonaro.
Fonte: metropoles
09/12/2025 09:30











