Aliados de Bolsonaro temem sentença que impediria anistia Opções para o ex-presidente acusado de crimes contra a Constituição estão cada vez mais restritas no julgamento do STF, com sentença prevista para primavera Encerra-se hoje a última fase da defesa de Jair Bolsonaro e principais aliados no caso em que são acusados de crimes contra a Constituição, entre eles tentativa de golpe de estado.
Eles têm até o fim do dia para apresentar os argumentos finais.
A partir de amanhã, quinta-feira (14/8), o processo entra na pauta do Supremo Tribunal Federal para a etapa final, a da sentença.
🌍 O Cenário Atual de veja
Em Brasília, é muito difícil encontrar um deputado ou senador que aposte no veredito de inocência para Bolsonaro.
Isso inclui os parlamentares do Partido Liberal, onde o ex-presidente se abriga e é empregado remunerado.
Há tempos proliferam apostas sobre eventual condenação a uma longa temporada de cadeia, porém, em prisão domiciliar a exemplo do ex-presidente Fernando Collor.
📌 Pontos Principais
Ele já está inelegível até 2030, quando completará 75 anos de idade.
Com nova condenação, desta vez criminal, corre o risco de ficar fora de qualquer disputa eleitoral até o fim da vida.
Os aliados, na maioria concentrados no PL, estavam certos de que Bolsonaro teria alguma chance com aprovação no Congresso de uma anistia ou mesmo com a eleição de um presidente, em 2026, disposto a dar-lhe graça ou indulto por decreto.
🧠 Análise da Situação
Nos últimos dias, no entanto, advogados do ex-presidente advertiram deputados e senadores sobre a possibilidade de uma sentença de condenação praticamente sem brechas legais.
Ou seja, uma sentença que dificulte ou seja impeditiva a anistia, indulto ou graça.
Aconteceria, em tese, se Bolsonaro for enquadrado na lógica estabelecida no inciso 44º do artigo 5º da Constituição.
Nele se lê: “Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.” As opções para Bolsonaro estão cada vez mais restritas no julgamento do Supremo, com sentença prevista para primavera — se não houver pedido de “vista” de algum dos juízes, o que pode empurrar a decisão para o calendário eleitoral de 2026.
Fonte: veja
14/08/2025 05:41