Apenas 36% das escolas públicas baianas, entre municipais, estaduais e federais, possuem acessibilidade para pessoas com deficiência (PCD). Os dados de 2024, divulgados pela pelo instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), detalham aspectos da infraestrutura das unidades escolares na Bahia. O estudo, chamado QEdu, avalia categorias de infraestrutura, alimentação, dependências, serviços, tecnologias e equipamentos.
Em números totais, 4.633 escolas baianas foram consideradas acessíveis, no entanto, a Bahia fica abaixo da média nacional, que é de 47% das escolas sendo acessíveis, o equivalente a 64.306 unidades escolares. Ainda com relação à acessibilidade, 41% das escolas, um total de 5.275 escolas, possuem sanitários acessíveis para pessoas com deficiência (PCD).
Em termos de alimentação, a Bahia supera o Brasil. Todas as unidades escolares do estado (12.968 escolas) oferecem alimentação para os alunos, chegando a 100% de cobertura. No Brasil, o índice é de 99%, com 135.962 escolas que oferecem o serviço. Ainda na alimentação, 95% (12.285) das escolas baianas oferecem água filtrada.
Na categoria de dependências, o estudo avalia espaços físicos e recursos que a escola possui. Como critérios básicos, 98% (12.775 escolas) das unidades escolares baianas possuem banheiros, 96% (12.518 escolas) possuem cozinhas e apenas 47% (6.091 escolas) possuem uma sala dedicada aos professores.
No que diz respeito aos espaços extras de ensino e lazer, os números são menores. Apenas 22% (2.857) das escolas baianas possui biblioteca, 13% (1.633) das unidades possuem laboratório de informática e 4% (568) possuem laboratório de ciências. Salas de leitura e quadras de esportes também são escassas: estão presentes em apenas 17% (2.194) e 26% (3.352) das escolas, respectivamente.